Sábado é o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório: Paulo Roberto Costa, o delinquente alojado por Lula na diretoria da Petrobras, começou a contar o que sabe
Indicado pelo deputado mensaleiro José Janene, do PP paranaense, foi por vontade do presidente Lula que o engenheiro Paulo Roberto Costa assumiu, em 2004, a cobiçadíssima diretoria de Abastecimento e Refino da Petrobras. Nos oito anos seguintes, dele dependeu a aprovação de negócios que movimentam cifras formidáveis, como o aluguel de plataformas e navios, a manutenção de gasodutos e a construção de refinarias.
Desenvolto, hábil e ágil, o homem que Lula chamava de Paulinho usou o cargo para tecer uma vasta rede de corrupção que juntou funcionários da estatal, grandes empreiteiros, figurões do Senado e da Câmara, ministros, dirigentes de vários partidos e especialistas em lavagem de dinheiro. Mantido por Dilma Rousseff no alto comando do que se tornou uma usina de maracutaias, o executivo gatuno acumulara uma fortuna de impressionar petroleiro do Texas ao deixar a Petrobras em 2012.
Em março, quando gastava em paz o produto da tunga, ar a Petrobras em 2012, Paulo Roberto Costa foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de integrar a quadrilha chefiada pelo doleiro Alberto Yousseff. Nesta semana, depois de fechar um acordo de delação premiada, começou a contar o muito que sabe. Daqui a poucas horas, os leitores de VEJA terão acesso às revelações já em poder da PF e do Ministério Público.
Além de reiterar que sábado é mesmo o dia mais cruel para gente com culpa no cartório, o primeiro lote de patifarias avisa que vem aí um escândalo de dimensões semelhantes às do mensalão.
Tags: Brasil, corrupção, delação premiada, governo, Paulo Roberto Costa,Petrobras, Revista VEJA
Nenhum comentário:
Postar um comentário