Michel Temer e José Serra
Michel Temer já estaria montando sua
equipe de governo, diz Folha de S. Paulo
Michel Temer já começa a montar equipe de governo caso
venha a substituir a presidente Dilma Rousseff na hipótese da ocorrência de
impeachment, garante jornal. José Serra, Nelson Jobim e Henrique Meirelles são
três dos nomes mais fortes já cogitados para pastas fundamentais
O vice-presidente da República,
Michel Temer, já trabalha na montagem de uma eventual equipe de seu governo,
caso venha a substituir a presidente Dilma, na hipótese da ocorrência de
impeachment.
Seu nome escolhido para comandar a economia será Henrique
Meirelles. As informações são da colunista
Monica Bergamo, do jornal Folha
de S. Paulo.
Interlocutores do vice-presidente, afirma a
colunista, dizem que ele mantém canal aberto com Meirelles, que aceitaria o
cargo de ministro da Fazenda mesmo se fosse convidado por Dilma, como já se
chegou a especular, e estaria disposto a assumir num governo Temer.
Outros dois nomes em alta são Nelson Jobim,
pessoa próxima do vice e que retornaria ao comando da pasta da Justiça, e José
Serra, que ocuparia um ministério importante mas distante da área econômica, já
que sofre rejeição do mercado.
A Folha garante que, embora usando outro
caminho, Temer pode acabar trilhando roteiro semelhante ao que já foi traçado
por Lula para que Dilma seguisse, o que não ocorreu: Meirelles para a Fazenda,
Jobim para a Justiça.
Temer, enquanto isso, seria mantido “ocupado”
em missões políticas.
Durante toda a crise, Lula e Temer têm mantido canalde
diálogo aberto, mesmo com todas as dificuldades de Dilma com seu vice.
Monica Bergamo diz que o nome de Jobim sempre
foi visto por Lula – e por setores do PT e do PMDB – como uma forma de o
Ministério da Justiça manter maior controle sobre a Polícia federal.
De acordo
com um interlocutor de Temer, com Jobim na Justiça, “delegado não vai mandar em
ministro”, ainda de acordo com a jornalista.
O jornal acrescenta que os rumos da Operação
Lava Jato, num eventual governo Temer, também geram
expectativa. Em tese, a imprensa estaria mais focada no desempenho do novo
governo e daria menos espaço às investigações, fazendo ainda, segundo
profissionais do direito, com que juízes se sentissem menos “acuados” em caso
de decisões contrárias à do juiz Sérgio Moro.
Também são lembradas, nesse contexto, as boas
relações de Temer com o procurador geral da república, Rodrigo Janot, de grande
importância na Operação Lava Jato.
Serra ‘pronto’
Em recente entrevista à Folha
de S.Paulo, o senador José Serra (PSDB-SP) disse que está pronto
para ajudar um eventual governo de Michel Temer. Serra diz que, em caso de
impeachment, todos serão chamados a dar uma contribuição. “Vou fazer o possível
para ajudar”, afirmou o tucano.
“Creio que se o destino exigir dele [Temer] a
tarefa de presidir o Brasil, ele estará à altura. Vai dar tudo de si”,
completou.
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