A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal
Federal (STF) urgência no julgamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do
marido dela, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo.
Em maio, Gleisi e Bernardo foram
denunciados ao Supremo sob a acusação de receber R$ 1 milhão para campanha da
senadora em 2010 e, de acordo com depoimentos de delatores, o valor é oriundo
de desvios de contratos da Petrobras.
Ambos foram citados nas delações do
doleiro Alberto Youssef.
Na manifestação enviada ao Supremo, a procuradoria sustenta que há
provas evidentes dos crimes.
“Há se reiterar que, segundo compreensão do MPF,
há evidentes e rígidos elementos concretos para o recebimento da denúncia – que
não deixam de existir diante das versões narradas nas respostas à acusação sob
exame”, diz a PGR.
Na defesa encaminhada ao Supremo, a
defesa da senadora alegou que as acusações são “meras conjecturas feitas às
pressas” em função de acordos de delação premiada.
“A requerida [senadora] jamais praticou qualquer ato que pudesse ser
caracterizado como ato ilícito, especialmente no bojo do pleito eleitoral ao
Senado Federal no ano de 2010, na medida em que todas as suas contas de
campanha foram declaradas e integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral”,
diz a defesa.
Em nota, a defesa da senadora
criticou o pedido de urgência: “Reafirmando o que já disse anteriormente sobre
esse assunto, a senadora Gleisi Hoffmann lamenta que a mesma denúncia, já feita
pelo PGR no início do mês de maio, seja novamente motivo de notícia porque uma
procuradora pediu agilidade no processo ao STF, mesmo este estando de recesso”.
A manifestação foi assinada pela
vice-procuradora da República, Ela Wiecko, responsável por atuar na ausência do
procurador-geral, Rodrigo Janot, durante o período de recesso de julho no
Supremo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário