Supremo
Tribunal Federal (STF) informou neste sábado que o julgamento do processo no
Senado terá início no dia 29 de agosto.
CLIMA DESFAVORÁVEL - O desabafo de
Dilma Rousseff foi relatado pelo senador Renan Calheiros (Adriano
Machado/Reuters)
O
julgamento do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff
(PT), será iniciado no próximo dia 29 de agosto e deverá ser concluído na
primeira semana de setembro.
O calendário foi confirmado por meio de nota
divulgada neste sábado pela assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal
(STF). De acordo com o documento, o cronograma é fruto de um entendimento
entre a área técnica do STF e do Senado, onde o processo atualmente tramita.
“Conforme
entendimentos entre os técnicos do Supremo e do Senado, a expectativa dos
prazos é a seguinte:
►dia 9 de agosto: Sessão Plenária de Pronúncia, sob a
coordenação do presidente do Supremo; até 48 horas após, acusação apresenta
libelo e rol de testemunhas; sucessivamente, até 48 horas depois, defesa
protocola contrariedade e rol de testemunhas; em seguida, decurso do prazo de
10 dias previsto no parágrafo único do art. 60 da Lei 1079/50; primeira data
possível para início da fase de julgamento, respeitados os prazos acima
elencados:
►26 de agosto (sexta-feira); data acordada:
►29 de agosto
(segunda-feira).
A expectativa dos técnicos é que o julgamento se prolongue por
uma semana”, diz trecho do documento.
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A
assessoria lembra, contudo, que “eventuais dilações temporais” poderão ser
causadas pelas discussões no plenário do Senado.
O presidente em exercício,
Michel Temer (PDMB), afirmou ontem que a aprovação do processo de impeachment
depende de uma avaliação política, e não jurídica, e quanto mais demorar a
decisão a ser tomada pelo Senado, pior será para o país.
Segundo
ele, que concedeu entrevista a agências internacionais no Palácio do Planalto,
o governo não pode e não deve interferir no cronograma do processo.
“Essa
questão do impeachment no Senado não depende da nossa atuação. Depende da
avaliação política – não uma avaliação jurídica – que o Senado está fazendo.
Nós não temos e não poderíamos ter influência nesse processo”, afirmou.
Para ele,
porém, a demora no processo dificulta a retomada econômica do Brasil.
“Quanto
mais demora a avaliação do impedimento, mais prejudicial para o País. Quando
antes solucionar, mais benéfico.”
(com Estadão Conteúdo)
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