Uma decisão da Justiça Federal em Brasília determinou que a União e o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) liberem documentos referentes aos contratos de empréstimo feitos pelo Brasil para a reconstrução do Porto de Mariel, em Cuba.
Segundo o juiz federal Marcelo Rebello Pinheiro, da 16ª Vara do Distrito Federal, “a existência de indícios de irregularidades nas operações de financiamento para reconstrução do Porto de Mariel, cujos contratos se pretendem exibir, sobrepõe-se ao dever de sigilo sobre as referidas operações”.
O governo alega que os documentos são sigilosos porque envolvem dados bancários entre os dois países.
A obra, um terminal de contêineres localizado a cerca de 45 km da capital, Havana, custou US$ 957 milhões e teve financiamento de US$ 682 milhões (R$ 2,1 bilhões), sendo que as taxas de juros dos cinco empréstimos disponíveis no site do BNDES variam entre 4,44% e 6,91% ao ano.
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