Empresa nega que seja alvo de operação, mas Polícia Federal mira dono de controladora.
Nesta sexta-feira, primeiro de julho, a Polícia Federal começou mais uma etapa da Operação Lava Jato, que investiga dinheiro de corrupção desviado da maior estatal brasileira, a Petrobrás.
O empresário Lúcio Funaro, ligado ao ex-presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB - RJ), acabou sendo preso na cidade de São Paulo.
A informação da ligação entre o doleiro e Cunha foi relatada à Polícia Federal por delatores da Lava-Jato.
A investigação também teve o poder de realizar buscas e apreensões na Eldorado, empresa que faz parte do grupo J&F investimentos.
O grupo é dono também dá JBS, controladora da marca de carnes Friboi.
À TV Globo, a Friboi negou que seja alvo da operação.
Provas encontradas pelos policiais na Eldorado prometem revelar mistérios e informações importantes da Lava Jato.
Na internet, há anos paira um boato de que a Friboi seria administrada por Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, a informação nunca foi comprovada.
Pelo contrário, Lula, a Friboi, a JBS e Lulinha sempre negaram a ligação.
A casa de Joesley Batista, que preside o conselho administrativo da controladora da Friboi e que dirige a J&F, também sofreu mandado de busca e apreensão.
Outro empresário, Henrique Constantino, também está sendo alvo da Lava Jato.
Existe um projeto de lei no Congresso Nacional que pode atrapalhar a principal investigação no país.
Ele faz com que a Polícia, por exemplo, só possa realizar prisões com provas contundentes, especialmente quando envolver poderosos.
O projeto tem sido muito criticado.
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou que as prisões já podem acontecer em segunda instância, evitando que os condenados passem toda a vida lutando na justiça para evitar a prisão com recursos.
Essa medida também pode cair, caso o projeto de lei seja aprovado.
A Lava Jato acabou culminando em diversas operações paralelas, como a 'Custo Brasil', que na semana passada prendeu o ex-Ministro do Planejamento Paulo Bernardo.
Ele foi solto por Dias Toffili, Ministro do STF.
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