Encontraram o "rasto" deixado pela radiação de fundo no hidrogénio.
Os cientistas acreditam ter encontrado vestígios da primeira luz do Universo, que imaginam ter tido origem nas primeiras estrelas formadas depois do Big Bang, há mil milhões de anos.
Um novo estudo, publicado na revista Nature, refere que os investigadores encontraram o vestígio, como se fosse uma "impressão digital" depois de a radiação de fundo ter ficado marcada no hidrogénio.
"É a primeira vez que vemos algum sinal tão antigo no Universo, à parte da luminosidade pós-Big Bang", explicou uma das astrónomas, Judd Bowman à CNN.
Depois do Big Bang, os físicos acreditaram que durante 180 milhões de anos tinha existido apenas escuridão no Universo, um período conhecido como "idade negra" cósmica.
Conforme o Universo expandiu, uma "sopa" de plasma ionizado criado pelo Big Bang começou lentamente a arrefecer e a formar átomos de hidrogénio neutrais. Eventualmente estes começaram a ser puxados uns para os outros pela gravidade e incendiaram para formar estrelas.
A nova descoberta é o mais próximo que os cientistas já tiveram de observar o momento do 'amanhecer cósmico', a altura em que as primeiras estrelas foram criadas.
"É muito entusiasmante ver as nossas pequenas estrelas a nascer", disse outro astrónomo, acrescentando que "não é possível ver as estrelas mesmo, mas vemos o efeito que deixaram no gás à sua volta".
A equipa responsável pelo estudo tem trabalhado para detetar sinais do género há 12 anos. Ainda é necessário trabalho adicional para confirmar o que encontraram, mas a equipa considera que de qualquer forma esta descoberta já foi um marco histórico.
Fonte: NM
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