A força-tarefa Lava Jato acaba de denunciar por lavagem de dinheiro três
ex-executivos do Banco Paulista: Tarcísio Rodrigues Joaquim, Gerson Luiz Mendes
de Brito e Paulo Cesar Haenel Pereira Barreto.
Até a deflagração da 61ª fase da operação, Tarcísio
era titular da Diretoria de Operações Internacionais da instituição financeira;
Gerson estava à frente da Diretoria Geral de Controladoria, e Paulo Barreto,
ex-executivo do Departamento de Câmbio, estava prestando serviços como autônomo
ao Banco Paulista.
Também foram acusados da prática de lavagem de
dinheiro os ex-empresários da construtora Odebrecht, Fernando Migliacchio da
Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soares; e os operadores financeiros Olívio
Rodrigues Junior, Vinicíus Veiga Borin, Marco Pereira de Souza Bilinski e Luiz
Augusto França.
Segundo o MPF, “a investigação revelou um mecanismo
ilícito de compensação financeira com a participação desses executivos do Banco
Paulista”.
“Periodicamente, os integrantes do Setor de
Operações Estruturadas efetuavam transferências de valores em moeda estrangeira
para contas no exterior em nome de offshores controladas por doleiros que, por
sua vez, disponibilizavam o equivalente em reais no Brasil. Após a internalização
dos recursos ilícitos pelos doleiros, Olívio Rodrigues Júnior encaminhava
dinheiro em espécie ao Banco Paulista, que efetuava pagamentos, por meio de
transferência eletrônica, em favor de empresas de ‘fachada’ controladas pelo
próprio Olívio Rodrigues Júnior, e por Luiz Eduardo da Rocha Soares, Fernando
Migliaccio da Silva, Vinícius Veiga Borin, Marco Pereira de Souza Bilinski e
Luiz Augusto França.”
Ainda segundo o MPF, os pagamentos do Banco
Paulista a essas empresas sem existência real, por serviços nunca prestados,
foram fraudulentamente justificados por contratos fictícios e notas fiscais
falsas.
“Apenas no período de 2007 a 2015, o Banco Paulista
efetuou, sem a efetiva contraprestação de serviços, pagamentos de cerca de R$
52 milhões em favor das empresas BBF Assessoria e Consultoria Financeira, JR
Graco Assessoria e Consultoria Financeira, VVB Assessoria e Consultoria
Financeira, Lafrano Assessoria e Consultoria Financeira, MIG Consultoria
Econômica e Financeira, Crystal Research Serviços e Bilinski Assessoria e
Consultoria Financeira.”
Paulo Barreto, Tarcísio Joaquim e Gerson Brito
também foram acusados de gerir fraudulentamente instituição financeira, pois,
mediante a celebração de contratos fictícios para a prestação de serviços de
consultoria e assessoria, possibilitaram que 434 transferências bancárias, no
valor total de R$ 52.265.190,23, fossem realizadas do Banco Paulista para sete
empresas de fachada.
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