Veja como este material leve de
espuma é capaz de parar balas
Cientistas
da Universidade da Carolina do Norte (EUA) criaram um tipo leve de espuma feita
de esferas metálicas ocas que pode suportar o incrível impacto de balas calibre
.50, o tipo utilizado por metralhadoras e rifles.
Enquanto pesa apenas
cerca de metade do que uma armadura de aço convencional, o material, chamado de
“espuma de metal composto” (EMC), protege com a mesma eficácia contra esses
projéteis mortais.
“Em outras palavras, conseguimos uma economia
significativa de peso – que beneficia o desempenho de veículos e a eficiência
de combustível – sem sacrificar a proteção”, disse a principal autora do
estudo, a engenheira de materiais Afsaneh Rabiei.
Testes
Usando processos
patenteados, o EMC é fabricado a partir de metais como alumínio e aço, com
bolsas de ar por toda parte, como ocorre em outros tipos de espuma.
Em pesquisas
anteriores, a equipe de Rabiei mostrou que o material podia destruir balas de
tamanho médio, proteger contra projéteis altamente explosivos, e proteger
contra fogo, calor e vários tipos de radiação.
No novo experimento,
os cientistas testaram como a blindagem lida com a força letal de uma bala
calibre .50, medindo 12,7 x 99 mm, uma das maiores comumente usadas em
metralhadoras convencionais e rifles de longo alcance.
Os testes consistiram
em disparos a velocidades de 500 metros por segundo até 885 metros por segundo.
A EMC atuou como um núcleo ativo na armadura, coberto por uma placa de cerâmica
na frente, e uma placa fina de alumínio atrás.
Os resultados
mostraram que a camada pode absorver de 72 a 75% da energia cinética de
munições comuns e 68% a 78% da energia cinética de munições perfurantes
(antiblindagem), impedindo a penetração de projéteis em velocidades de até 819
metros por segundo.
Próximos
passos
Enquanto os
pesquisadores dizem que ainda há espaço para otimizar o material, é incrível
pensar que uma “espuma” seja capaz de parar projéteis viajando a mais de 800
metros por segundo.
“Há trabalho adicional
que poderíamos fazer para torná-la ainda melhor”, explica Rabiei. “Por exemplo,
gostaríamos de otimizar a aderência e espessura das camadas de cerâmica, EMC e
alumínio, o que pode levar a um peso total ainda menor e melhor eficiência da
blindagem final”.
Mesmo em sua forma
atual, o material pode parar algumas das balas mais mortais utilizadas para
guerra pesando apenas metade da proteção padrão, o que significa que veículos
militares poderiam se tornar mais leves e manobráveis.
As descobertas foram relatadas em um artigo na revista
científica Composite
Structures. [ScienceAlert]
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