PF
prende delegado da PF em Santa Catarina
O delegado federal Fernando Amaro de Moraes Caieron
foi preso hoje na Operação Chabu, que investiga uma quadrilha especializada em
vazar informações sigilosas de operações da Polícia Federal.
Como a Crusoé publicou mais cedo, a PF suspeita que essa quadrilha esteja ligada aos
recentes ataques de hackers contra autoridades ligadas à Lava Jato.
Caieron é o segundo delegado da PF preso este
mês por envolvimento em crimes de corrupção e formação de
quadrilha.
Polícia Federal prende delegado que investigava rombo no Postalis
A Polícia Federal prendeu hoje de manhã o delegado da
PF Lorenzo Pompílio da Hora e o escrivão Éverton da Costa Ribeiro. Eles são
acusados de cobrar propina para proteger investigados.
A operação foi batizada de Tergiversação e contou com
o apoio do MPF. Segundo os investigadores, os dois policiais lideravam uma
organização criminosa dentro da própria Superintendência da PF.
“As investigações revelaram esquema de cobrança de
propina dos investigados e potenciais investigados nos inquéritos policiais
relacionados às Operações Titanium (fraudes envolvendo o Plano de Saúde dos
Correios) e Viupostalis/Recomeço (fraudes envolvendo o Postalis, fundo de
pensão dos funcionários dos Correios)”, informa o MPF.
Ainda segundo os procuradores, “as apurações apontaram
que Lorenzo Pompílio da Hora e Éverton da Costa Ribeiro solicitaram e receberam
vultuosos valores oriundos de vantagens indevidas para evitar a exposição na
mídia de investigados e potenciais investigados e favorecê-los nas apurações
conduzidas por eles quanto às irregularidades no Postalis e no Plano de Saúde
dos Correios”.
“Os agentes públicos contavam com a atuação dos
operadores Marcelo Guimarães e Rosalino Felizardo de Santanta Neto – os
principais intermediários da organização criminosa, que usavam seus contatos
para se aproximar de potenciais investigados e solicitar desses o pagamento de
vantagens indevidas, além de viabilizar o recebimento de valores de propina e
as operações de lavagem de dinheiro.
Os pagamentos, que variaram, segundo o apurado até o
momento, de R$ 400 mil a R$ 1,5 milhão, eram feitos na maior parte das vezes em
dinheiro, mas em alguns casos foram repassados por meio de transferências a
empresas ligadas aos operadores Marcelo e Rosalino.
Foi identificada ainda a participação do empresário e
operador João Alberto Magalhães Cordeiro Júnior e de Sancler Miranda Costa no
grupo criminoso, que contou ainda com a atuação de Pedro Henrique Moreira
Fernandes e de Luís Henrique do Nascimento Almeida, que movimentaram recursos
em espécie em favor do grupo e atuaram como “laranjas” de alguns investigados.
Os elementos obtidos com as quebras de sigilo
bancário, fiscal, telemático e telefônico dos investigados, somados aos
elementos apresentados em razão de acordo de colaboração premiada celebrado com
alguns dos empresários abordados pelo grupo criminoso, comprovaram a efetiva
prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa
e lavagem de dinheiro. Há indícios de que o esquema criminoso envolveu outros
agentes públicos e que não se limitou às investigações apontadas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário