Defensores do projeto de abuso de autoridade insistem em dizer que
o fato de o tema ter voltado à tona justamente na semana dos vazamentos
envolvendo a Lava Jato é uma “coincidência”.
Vamos lá.
O projeto, vindo da Câmara, chegou ao Senado em 4 de abril de
2017.
Somente em 14 de dezembro de 2018 foi distribuído, na CCJ, para a
primeira relatora, Simone Tebet (MDB).
Em 21 de março deste ano, com Simone já no comando da comissão, o
projeto foi redistribuído para o novo relator, Rodrigo Pacheco (DEM).
Pacheco ficou com a matéria, portanto, durante 83 dias.
Até que, na noite da última terça-feira, exatamente dois dias
depois dos primeiros vazamentos envolvendo a Lava Jato, o senador recebeu a
informação de que o projeto entraria como extrapauta em sessão da CCJ no dia
seguinte, por determinação de Davi Alcolumbre, seu correligionário.
“Me apressei a fazer o parecer ontem, já altas horas da noite,
diante da informação da inclusão em pauta”, disse ele, no dia da leitura.
Quanta coincidência,
não?
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