Les Eyzies de Tayac-Sireuil é uma pequena vila com cerca de 830 habitantes no coração do Vale do Vézère, que a primeira vista parece estar sendo esmagada por uma imenso penhasco. A região está repleta de inúmeras grutas, cavernas e habitações trogloditas, cuja história remonta a mais de 28.000 anos. Les Eyzies como é conhecida localmente era uma das vilas mais antigas da região administrativa da Nova Aquitânia, no departamento Dordonha, no sudoeste da França.
As cavernas pré-históricas ao redor de Les Eyzies contém alguns dos achados arqueológicos mais significativos do Paleolítico Superior (de cerca de 40 mil a 10 mil anos atrás) e Paleolítico Médio (20 mil a 40 mil anos atrás), períodos que incluem, além de esqueletos, ferramentas, pingentes e joias e desenhos em paredes. A área é visitada por milhares de turistas todos os anos. As cavernas de Les Eyzies estão entre outras da região, que foram tombadas como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1979.
Durante o séculos 8 e 9 a vila ligada ao senhorio de Tayac, era bastante povoada, como mostram as numerosas habitações escavadas na pedra e a presença de edifícios fortificados contra os invasores vikings. As falésias são crivadas de mirantes elevados conhecidos como cluzeaux aeriens, câmaras artificiais cortadas nas falésias de calcário tão altas que nos perguntamos como alguém chegou lá.
Embora as cavernas nesta área não sejam tão famosas quanto as da vizinha Lascaux, há dezenas de cavernas e grutas para visitar em Les Eyzies, incluindo numerosas fortalezas medievais construídos nas rochas, uma igreja fortificada e muitos museus. A região contém cerca de 150 sítios pré-históricos que datam do paleolítico e cerca de 25 cavernas com as paredes decoradas com pinturas pré históricas.
A Grotte de Font-de-Gaume, uma gruta nos arredores de Les Eyzies, tem mais de 200 pinturas e gravuras de bisões, cavalos, mamutes e renas, bem como algumas figuras humanas estilizadas. As pinturas multicoloridas datam do Período Magdeleniano, cerca de 17.000 anos atrás.
O Abri de Laugerie Basse é outra gruta de pedra que foi ocupada na mesma época. Sabe-se que um grande número de ferramentas e artefatos foram descobertos no local, incluindo uma escultura de um cavalo e outro de uma figura feminina.
Também há o abrigo de Cro-Magnon, onde em 1868 na construção de uma estrada de ferro, foi descoberto esse abrigo na rocha em um penhasco de calcário. Ao ser escavado, revelou os restos de quatro esqueletos adultos, uma criança e alguns ossos fragmentados. O estado e a colocação de enfeites, incluindo pedaços de concha e dente de animais no que parece ter sido pingentes ou colares, levou os pesquisadores a pensar que os esqueletos foram intencionalmente enterrado em uma única sepultura na caverna.
Os Cro-Magnons foram uma população primitiva de Homo sapiens, seres humanos que viveram no período paleolítico superior (de aproximadamente 40 mil até cerca de 10 mil anos atrás) na Europa. Ainda é difícil precisar onde os cro-magnons se situam na escala da recente evolução humana, mas eles tinham uma cultura que produziu uma variedade de ferramentas sofisticadas, como arpões, anzóis, lanças, cinzéis e ferramentas feitas de ossos.
Aparentemente, eles também faziam utensílios para alisar e raspar couro. A caverna do Cro-Magnon e vários outros locais, no entanto, foram fechados ao público para a preservação histórica.
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