No início da década de 50, a jovem marca Ferrari (fundada em 1947), ia conquistando prestígio nos circuitos de todo o mundo, nomeadamente graças ao motor V12 Colombo. Muitos clientes quiseram beneficiar deste motor, mas sem sacrificar o conforto e a elegância de um coupé gran turismo.
Aqui percorremos as várias versões do 250 GT:
Ferrari 250 Europa (1953)
Em bom rigor, este 250, apresentado no salão de Paris de 1953, não deveria estar nesta lista, uma vez que o motor é o V12 Lampredi de 2963 cc e não o V12 Colombo de 2953 cc, como os restantes. Mas o Europa prefigura o 250 GT que seria apresentado no salão de Paris do ano seguinte.
Ferrari 250 Europa Coupé Vignale (chassis 0295/EU) (1953)
Terão sido fabricados cerca de 22 exemplares do 250 Europa, 18 desenhados pela Pinin Farina, os outros quatro pela Vignale, chefiada na altura por Giovanni Michelotti. Este exemplar corresponde ao chassis 0295/EU, com uma grelha inspirada no 340 Mexico, desenhado igualmente pela Vignale, integrada num modelo mais civilizado.
Ferrari 250 Europa Coupé Vignale (chassis 0313/EU) (1953)
Depois da sua apresentação em Paris, foi apresentado no salão de Nova Iorque mas num vermelho mais comum e com tejadilho preto. Vendido no início dos anos 60 a um americano que teve a ideia particularmente infeliz de substituir o motor, trocando o V12 Colombo por um V8 Chevrolet (!), foi restaurado em 2009 por um proprietário (com mais gosto), na sua configuração original, vencendo o concurso de Villa d’Este de 2012.
Ferrari 250 GT Europa GT (1954)
No salão de Paris de 1954, foi então apresentada a nova versão do modelo gran turismo da Ferrari. Aparentemente, as diferenças não saltam à vista entre o 250 Europa e o Europa GT, mas é agora o V12 Colombo do 250 MM de corrida (2953 cc), que encontramos debaixo do capô, um motor mais compacto, que permitiu uma distância entre eixos encurtada (de 2,80m para 2,60m). Depois do preâmbulo 250 Europa, foi com este 250 Europa GT que se iniciou, verdadeiramente, a extraordinária linhagem dos 250 GT…
Ferrari 250 GT Boano (1956)
Projectada inicialmente pela Pininfarina, a evolução do 250 GT, apresentada no salão de Genebra de 1956, foi construída nas instalações da Carrozzeria Boano. E tratando-se de um Ferrari, a competição nunca está muito longe, sendo que esta evolução traduzia a vontade da marca de Maranello de propor uma versão civilizada da berlinetta 250, vencedora do Tour de France, nesse mesmo ano.
Ferrari 250 GT Ellena (1957)
Quando Mario Boano foi trabalhar por conta do Centro Stile Fiat em 1957, deixou o lugar ao seu genro, Ezio Ellena. A agora Carrozzeria Ellena continuou então com a produção do 250 GT, que sofreu umas pequenas alterações estéticas.
Ferrari 250 GT Coupé Pinin Farina (1958)
Com a inauguração das suas novas instalações de Grugliasco, a Pinin Farina pôde voltar a assegurar a produção do 250 GT. Como para marcar o acontecimento, foi apresentada uma evolução do 250 GT, com linhas rectas e ângulos marcados. Este coupé Pinin Farina marcou também a introdução dos travões de discos, entre outras evoluções mecânicas.
Ferrari 250 GTE (1960)
Respondendo à vontade de alguns clientes em ter mais espaço no habitáculo, a Ferrari apresentou o 250 GTE, evolução 2+2 do 250 GT. A Pinin Farina conseguiu a proeza de integrar os dois lugares suplementares, sem sacrificar a estética deste GT, que será a versão mais produzida da família 250. Será substituída pelo 330 GT 2+2.
Ferrari 250 GT/L “Lusso” (1962)
No Salão de Paris de 1962, foi apresentada a última evolução do 250 GT, o GT/L “Lusso”, com uma traseira truncada lembrando o GTO do mesmo ano. Desenhado pela Pininfarina (numa só palavra desde 1961), foi, no entanto, construído na Scaglietti. No habitáculo, um surpreendente tabliê com velocímetro e conta-rotações no centro. 250 cavalos no 250 GT, antes de ceder o lugar ao 275 GTB.
Ferrari 250 GT Cabriolet Boano (1956)
Foi no salão de Genebra de 1956 que a primeira versão cabriolet do 250 GT foi apresentada. Construída pela Carrozzeria Boano, mas impulsionada por Luigi Chinetti, o importador americano, surgiu com um estilo algo discutível, mas marcadamente influenciado pelas produções locais.
Ferrari 250 GT Cabriolet Pinin Farina “série1” (1957)
A versão Pinin Farina do cabriolet surge alguns meses depois, no Salão de Paris desse mesmo de 1956. Não sendo o descapotável mais apreciado, é no entanto um dos mais raros, com cerca de 40 exemplares produzidos.
Ferrari 250 GT Cabriolet Pinin Farina “série2” (1960)
Três anos depois, é apresentada uma nova versão do cabriolet Pinin Farina, esteticamente mais próxima do coupé, com um habitáculo mais espaçoso para os passageiros e travões de disco. Foram produzidos cerca de 200 exemplares, nomeadamente graças às novas instalações da Pinin Farina.
Ferrari 250 GT Spyder California “chassis longo” (1957)
Esta versão destinada ao mercado americano, a pedido dos importadores Luigi Chinetti, em Nova Iorque, mas também de Jon von Neumann, na California, foi baseada na Berlinetta “Tour de France”. A sua vitória na categoria GT 3.5 nas 12 Horas de Sebring (9º na classificação geral), com Richie Ginther e Howard Hively, demonstram bem que não se tratava apenas de um cabriolet para playboys de Hollywood, mas sim de um verdadeiro desportivo.
Ferrari 250 GT Spyder California “chassis curto” (1960)
Provavelmente o cabriolet mais desejado da Ferrari. Baseado no chassis curto da Berlinetta (2,40 metros), a segunda série do Spyder California, foi fabricada em cerca de 55 exemplares, alguns com carroçaria em alumínio.
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