· Cientista político americano afirma que o Brasil é um país socialista.
· O cientista político americano Steven Brams afirma que o Brasil vive um momento político muito conturbado e que as políticas e reformas adotadas pelo Estado, ergueram os pilares para a implementação de um regime socialista, mas próximo do comunismo do que se possa imaginar.
Brams é cientista político do Departamento de Política da Universidade de Nova Iorque, sendo mais conhecido por usar as técnicas da teoria dos jogos, a teoria da escolha pública, e a teoria da escolha social para analisar sistemas de votação e divisão justa em eleições americanas.
Brams disse que o Brasil vive um momento dramático e que o sistema político brasileiro nada se assemelha com uma democracia e sim com um sistema arbitrário, que permite abusos de poder por parte do governo e sobretudo, beneficia a corrupção e a impunidade.
· O Brasil é um país socialista na
visão do senhor?
· -Sim, bem próximo de um sistema que
se assemelha ao sistema social democrático adotado em Cuba.
· O Brasil foi sendo transformado por
dentro, as estruturas do Estado foram sendo modificadas de forma lenta e
gradual.
· Hoje praticamente o Estado se encontra totalmente pavimentado e pronto para assumir um papel político totalmente voltado para o socialismo.
· Quando se deram estas mudanças e
quais foram estas modificações?
· Basicamente as transformações foram
implementadas no governo do ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.
Cardoso, tentou introduzir um modelo político bem próximo do socialismo adotado
na França, com mudanças radicais que permitiram a edificação dos pilares
marxistas.
· No governo de Cardoso foram criados
diversos sindicatos, financiamentos de grupos de esquerda, ONGs e políticas
sociais que fortificaram o socialismo.
· O sistema político e a estrutura
econômica também foram modificadas com a criação de uma carga tributária muito
pesada, que serviria para sustentar os programas sociais. Desta forma, pode-se
notar uma forte concentração de toda a renda gerada no país, nas mãos do
governo.
· Há também o controle do Estado sobre a sociedade com a adoção de leis, normas e regimentos. Um exemplo foram as centenas de agências de controle e regulação sobre diversos setores do Estado.
· E o PT? Qual o papel do PT nesta
mudança política?
· -O PT e o PSDB adotam um mesmo
pensamento ideológico, não se diferem nesta questão quando o assunto é a
implementação do atual sistema politico. São duas lideranças de esquerda com
mais força política dentro do cenário brasileiro.
· O PT foi apenas uma complementação do
projeto de reformas que o Estado já vinha sofrendo. Só que o PT é um partido
mais radical e adotou, apressadamente,
políticas que vinham sendo implementadas à conta gotas por Cardoso.
· Acredito que o PT apenas acelerou o
processo de socialização e abriu a porta para se chegar em uma política bem
próxima da política adotada em Cuba.
· Mas não foi só no Brasil que isto ocorreu. Todos os países latinos sofreram esta mesma mudança que muitos chamam de "bolivarianismo".
· Então o Brasil está próximo de se
tornar um país comunista?
· -A esquerda usa muitos termos para
designar o comunismo.
· Vejamos: A social democracia, o
socialismo, o nazismo e o fascismo. No fundo todas estas designações são de
origem comunista.
· Apenas o que difere o comunismo desta
designações, é a maneira em que este comunismo é administrado politicamente.
· A social democracia é um comunismo
mais ligth, mais leve, vai sendo introduzido lentamente sem que se perceba e a
sociedade sinta seus efeitos. Enquanto isso o Estado vai sendo modificado.
· No final deste processo o país já
estará totalmente modificado, estruturado e a sociedade conformada e totalmente
difundida dentro do comunismo.
· Manipulação e doutrinas?
· Sim, os reformistas que adotam a
social democracia modificam também a estrutura social. A engenharia social tem
um papel importante neste aspecto de mudanças. Principalmente na cultura, na
mídia e no dia à dia da sociedade.
· O Sr, acha que o impeachment trouxe
alguma luz no fim do túnel?
· -Não! de maneira nenhuma! O
afastamento da presidente Dilma Rousseff não significa o fim do sistema
político, mas sim sua continuidade, pois nenhuma estrutura do Estado foi
modificada. Apenas na questão econômica pode ser que haja alguma reação no
sentido de tirar o país da crise, mas isto não significa que o atual governo
fará alguma mudança na política do Estado.
· O processo foi continuado e nada
mudou no que diz respeito ao sistema político. O impeachment é um instrumento
constitucional do sistema, e foi usado pelo próprio sistema apenas para afastar
um presidente e não eliminar um sistema politico.
· O Brasil continua sob controle da
social democracia.
· O sistema no Brasil é perverso?
· -Todo sistema é perverso. Mas a
democracia continua sendo o melhor sistema. No Brasil não vejo traços de
democracia e sim da social democracia.
· No Brasil o sistema beneficia o
Estado e não a sociedade, beneficia a corrupção e a impunidade. As leis são
ineficazes e protegem o sistema e os corruptos.
· É um sistema controlador, manipulador, quase tirano. No Brasil o povo brasileiro perdeu muito sua honra e seu patriotismo, talvez pelas políticas que foram adotadas com o intuito de corromper a sociedade.
· Então não há saídas para o Brasil sair
deste sistema?
· -Há sim, mas esta saída não será dada
pelo sistema e sim pela sociedade. A esquerda brasileira conseguiu com suas
doutrinas, por assim dizer, dividir o Brasil em vários segmentos sociais.
· Isso talvez dificulte uma reação da
própria sociedade muito desunida com relação aos problemas do país.
· Nota-se que há legiões de pessoas que defendem
o sistema, talvez acomodadas com a situação, outras defendem os partidos e
outras os políticos que as corrompem.
· Não há uma união no sentido de se
pensar na Pátria, na Nação e nos destinos do país.
· Certamente que isso é um grande
problema, pois haverá sempre desunião. Há vários segmentos que não pensam ou
não possuem um mesmo objetivo.
· O povo brasileiro fala muito em
Intervenção Militar. O que o Sr. acha disto?
· -É como eu afirmei antes. Há vários
segmentos que pensam diferente, com objetivos diferentes. Pelo que eu vejo, há
grupos de pessoas que estão sugerindo uma intervenção militar no Brasil.
· Podemos dizer que este segmento é mais coeso
do que os outros, pois se fixam apenas em um único objetivo. Este segmento não
defende partidos, políticos e nem o sistema. É mais patriótico e mais coeso do
que os demais segmentos. Este grupo de pessoas exigem uma mudança radical no
sistema, ou sua total destruição.
· É mais radical e mais coeso neste
sentido. Talvez por isso não encontre apoio de políticos e nem da mídia que
vive nas beiradas do sistema. Uma intervenção militar com o povo exigindo
mudanças, certamente colocaria em risco o atual sistema político brasileiro.
· Para terminarmos esta entrevista,
qual mensagem o Sr. daria para os brasileiros?
· -Que sejam mais patriotas e coesos em
seus objetivos.
· É preciso que a sociedade se
conscientize dos problemas do país e exijam mudanças. Se querem mudanças, se
unam e cobrem dos políticos bem intencionados.
· Sempre há políticos bem intencionados
que precisam de uma pressão da sociedade para exigir as mudanças.
· O Brasil não tem um perfil de conscientização. É preciso criar este perfil. É preciso sobretudo pensar no país, pois se não pensarem no país, os corruptos e políticos mau intencionados pensarão e farão o que bem entenderem.
· -Jornada Política-Notícias e
atualidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário