Você sabe qual é o cheiro da Lua?

De acordo com astronautas, o satélite natural da Terra tem aroma de pólvora e gosto de metal
21 de Novembro de 2011
Uma exposição no Museu Americano de História Natural, localizado em Nova York (EUA), vai mostrar um pouco da galáxia, das estrelas, dos planetas e tudo o que há de curioso no espaço.

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Beyond Planet Earth é um dos mais modernos eventos já realizados para esse segmento, e as novidades são muitas. Entre elas, há um aplicativo para iPhone baseado em realidade aumentada que produz animações tridimensionais em tempo real; uma estação interativa onde os terráqueos poderão habitar Marte, passeando sobre um gigante painel touchscreen; e ainda um display interativo que desafia os visitantes a desviar um imenso asteróide que está em rota de colisão com a Terra.

No entanto, uma das partes mais curiosas da exposição é um dispositivo enigmático, mas bastante surpreendente: uma máquina que permite sentir o cheiro da Lua. Seu sistema de funcionamento é bem simples: basta que o usuário posicione o nariz ao lado de uma pequena abertura no aparelho, clique num botão e inspire o "ar da Lua" por cerca de dez segundos.

Os astronautas Charlie Duke e Gene Cernan, da Apollo 16 e Apollo 17, respectivamente, descreveram que o cheiro é muito forte e semelhante ao de pólvora, "como se alguém tivesse disparado uma carabina". Uma vez sentida a fragrância, o visitante poderá "saborerar" um gosto de metal na parte central da língua. Isso se dá ao fato da poeira lunar ser rica em ferro, cálcio e magnésio ligados em minerais como olivina e piroxênio - de acordo com a NASA.

Outros itens da exposição incluem um disco compacto de lixo da Estação Espacial Internacional e uma recriação em tamanho real de como foi o trabalho dos astronautas no Telescópio Espacial Hubble.

"Beyond Planet Earth" também sugere uma visão ambiciosa do futuro, onde Marte se torna uma espécie de Terra e módulos habitacionais são implantados na Lua. Dessa forma, a humanidade estenderá sua presença para além do frágil planeta em que vivemos. Além disso, um dos temas principais da exposição é a busca de vida extraterrestre, como também o desejo de estender o alcance do ser humano para outros lugares.

"Se não fosse o fator dinheiro, acho que muitas das coisas nesta exposição poderiam realmente fazer parte da vida de quem nos visita. Não há nada na física que nos impede de ir e voltar da Lua ou de Marte. Mas existem inúmeras possibilidades de irmos para fora do sistema solar, e todos esses lugares - a Lua, Marte, o espaço - significam oportunidades de vida", afirma Michael Shara, um astrofísico do Museu.

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