Até onde a Coreia do Norte pode ir?


Saiba quais são as armas que a ditadura asiática possui e os sistemas de defesa que podem ser usados para contê-la

Saiba quais são as armas que a ditadura asiática possui e os sistemas de defesa que podem ser usados para contê-la

A Coreia do Norte já disse que poderia atacar alvos americanos no Havaí, na ilha de Guam, no Pacífico, e até na área continental dos Estados Unidos. Na última semana, fontes do governo sul-coreano indicaram que Pyongyang havia deslocado um míssil para o litoral. Estimar até que ponto as ameaças podem se traduzir em perigo real tem sido a tarefa de especialistas em Coreia nas últimas semanas, diante da persistente tentativa da ditadura asiática de intimidar os Estados Unidos e seus aliados na região.
A opinião dominante é que a Coreia do Norte não teria nem capacidade nem interesse em atacar os EUA. “O risco de um conflito existe, não podemos descartar essa possibilidade, mas é algo que não interessa a nenhuma das partes”, disse ao site de VEJA Alexandre Ratsuo Uehara, doutor em ciências políticas e diretor acadêmico das Faculdades Integradas Rio Branco. 
“O conflito hoje levaria uma reação da Coreia do Sul com apoio dos EUA que não daria qualquer possibilidade de vitória à Coreia do Norte neste conflito. Os norte-coreanos têm consciência de que esse conflito levaria a uma derrota e essa liderança não conseguiria se manter no poder”, acrescentou.
Ao longo dos anos, surgiram informações sobre diferentes projéteis desenvolvidos pela Coreia do Norte, mas não há provas de que o país tenha construído uma ogiva que funcione em mísseis de longo alcance – cuja existência também não é comprovada.
O alcance das versões do Scud-B e C (Hwasong) é bastante limitado, assim como do Nodong. “Nenhum desses sistemas pode atingir a ilha de Guam. Nem o Havaí ou as Ilhas Aleutas”, disse à agência Reuters Greg Theilmann, que trabalhou no Departamento de Estado americano.
A vizinha do sul, obviamente, é a que deve estar mais atenta às movimentações do Norte. As lembranças do bombardeio à ilha de Yeongpyeong em 2010 ainda estão presentes - dois militares e dois civis foram mortos. No caso de um conflito na península coreana, os Estados Unidos, que mantêm 28.000 soldados em território sul-coreano, serão aliados cruciais.
Diante das ameaças da Coreia do Norte, os EUA estão reforçando suas defesas. Para a ilha de Guam, no Pacífico, o governo americano decidiu deslocar um avançado sistema de defesas antimísseis conhecido como Thaad. Com isso, demonstra que não pretende dar espaço para surpresas, como indicou o chefe do Pentágono, Chuck Hagel. “É necessário apenas estar errado uma vez e eu não quero ser o secretário de Defesa que estava errado”.

As armas da Coreia do Norte

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Hwasong-5 e Hwasong-6

Réplica de mísseis norte-coreanos Scud-B
O míssil Hwasong-5, desenvolvido na década de 1980 na Coreia do Norte, é uma versão baseada na tecnologia do míssil soviético Scud - que, por sua vez, é derivado de um foguete alemão V2, usado na II Guerra Mundial. Esses mísseis costumam carregar ogivas convencionais, mas também ter capacidades químicas, biológicas e nucleares. À época, Pyongyang realizou vários testes do Hwasong-5, que tem um alcance de aproximadamente 300 quilômetros, até lançar depois o Hwasong-6, com alcance de 500 quilômetros. Assim, passou a ter capacidade para atingir alvos na Coreia do Sul.

Sistemas de defesa contra a Coreia do Norte

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Sistema de defesa antimísseis Aegis


O sistema Aegis pode ser considerado a primeira linha de defesa antimísseis, pois permite aos navios de guerra abater mísseis balísticos lançados pelos inimigos enquanto eles ainda estão no espaço. Seus projéteis interceptores são disparados para acertar os mísseis antes que eles voltem à atmosfera. A Marinha dos EUA e do Japão possuem radares do sistema instalados em destróiers deslocados para a região da península coreana.

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