Em São Paulo, cerca de 80 prefeituras estão sendo investigadas. Vão ser cumpridos mais de 150 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão.
O Ministério Público fez na manhã desta terça-feira (9) uma super operação contra a corrupção em 12 estados. Ao todo, 1,3 mil policiais e servidores da Receita Federal, do Tribunal de Contas e da Controladoria Geral trabalharam em conjunto em 78 cidades.
Em São Paulo, a polícia espera cumprir 13 mandados de prisão e mais de 100 de busca e apreensão. A operação vai ser chamada de Fratelli, por causa da união dos Ministérios Publicos e de outros órgãos especiais de 12 estados no combate a fraude em licitações e a corrupção no noroeste do estado.
Cerca de 80 prefeituras estão sendo investigadas. Durante a investigação, vão ser cumpridos mais de 150 mandados de busca e apreensão, além de 13 mandados de prisão.
Essa operação é muito importante e está sendo centralizada em São José do Rio Preto porque foram os promotores do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da região que fizeram as investigações.
Os agentes federais vão entrar nas empresas para pegar computadores e documentos que comprovem as fraudes. Além disso, vão tentar prender empresários que estavam à frente dessas negociações fraudulentas.
Já o Ministério Público, com o apoio da Polícia Militar, vai entrar nas prefeituras para tentar conseguir a documentação que comprove as fraudes.
No Rio de Janeiro, as autoridades descobriram um esquema de sonegação fiscal na venda de café. O esquema envolvia os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Por isso, a Polícia Civil, o Ministério Público e as Secretarias de Fazenda dos três estados participam da operação.
O café capixaba era vendido para comerciantes do próprio Espírito Santo usando nota fiscal de 20 empresas de fachada do Rio de Janeiro. Essa manobra fiscal é ilegal e o valor sonegado pode passar dos R$ 180 milhões. Logo na manhã desta terça-feira foi preso em Copacabana, Zona Sul do Rio, um empresário que seria um dos beneficiados por esse esquema.
Esclarecimento: o Ministério Público do Rio informou que a operação que faz nesta terça-feira contra a sonegação fiscal no comércio de café não faz parte das operações nacionais contra a corrupção.
No interior do Ceará, a investigação é contra um prefeito suspeito de ter desviado R$ 6 milhões. A operação do Ministério Público tem como alvo a cidade de Quixeramobim, que fica a 200 km de Fortaleza.
A Justiça acatou o pedido dos promotores e determinou o afastamento do prefeito, Cirilo Pimenta (PSD), do vice-prefeito, de 10 secretários municipais, do procurador-geral do município e também de dirigentes de autarquias municipais. Eles são acusados de desviar R$ 6 milhões por meio de fraudes em licitações.
Os mandados estavam sendo cumpridos na manhã desta terça, mas o prefeito ainda não foi localizado pelos policiais e pelos promotores que participam da operação.
No Paraná, a polícia cumpre mais de 20 mandados de prisão sobre lavagem de dinheiro. Ao todo, 100 policiais, auditores da Receita Federal e fiscais da Receita Estadual cumprem os mandados em cinco cidades da região.
A operação começou por Apucarana, a 80 km de Londrina. Segundo as investigações, empresários da cidade estariam pagando propina a policiais para poder fabricar mercadorias ilícitas. Apucarana é um importante pólo de bonés e de confecções do estado.
Alem do pagamento de propina, os empresários são também investigados por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
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