Boeing realiza primeiro voo de versão 'melhorada' do Dreamliner

Com 6,1 metros a mais que o modelo atual, o novo avião tem capacidade para 290 passageiros

Boeing 787-9
A expectativa é que a nova versão também viaje cerca de 300 milhas náuticas a mais (Gail Hanusa/Divulgação)

Com 6,1 metros a mais que o modelo atual, o novo avião tem capacidade para 290 passageiros

A Boeing realizou o primeiro voo do novo modelo do avião 787-9 Dreamliner nesta terça-feira, às 14 horas (horário de Brasília), na cidade de Everett, nos Estados Unidos. A empresa mostrou uma versão mais longa da sua aeronave de alta tecnologia: possui 6,1 metros a mais do que o atual modelo e permite o transporte de quarenta passageiros a mais, somando 290. Confira vídeo do novo Dreamliner.
A expectativa é de que a nova versão também viaje cerca de 300 milhas náuticas a mais. O objetivo é satisfazer companhias aéreas que querem maior capacidade e alcance para aumentar a receita em rotas de abrangência global.
O voo foi marcado para acontecer um dia depois de a Bombardier realizar o primeiro voo de seu novo avião, o CSeries, na província de Quebec, no Canadá. Este é um desafiante menor para o duopólio da Airbus e Boeing, que já venderam mais de 3.800 de seus jatos concorrentes, o A320 e o 737 MAX. Ele também competirá com os E-Jets, da Embraer.
O voo de terça-feira aconteceu depois de uma série de problemas com o Dreamliner 787-8, desde que o modelo entrou em serviço no final de 2011, com três anos e meio de atraso. A norueguesa Norwegian Airlines foi a última de uma série de empresas aéreas a apresentar problemas com o modelo. Na segunda-feira, a empresa afirmou que a aeronave mostrou problemas técnicos com uma bomba hidráulica, causando uma limitação de peso. Com isso, a empresa impediu setenta passageiros de embarcar em Nova York. 
A Boeing vem sendo duramente criticada por usar materiais de plástico na fabricação de suas aeronaves para que sejam mais leves e, assim, reduzir custos com combustível. O Dreamliner deveria ser um divisor de águas para mudar a imagem recente da companhia. Mas não deu certo. Ao terceirizar a fabricação de diversos componentes para reduzir custos, a empresa colocou a qualidade em segundo plano, apontam alguns analistas do setor. 
Outra estratégia da empresa era a de repartir com os subcontratados os investimentos necessários para desenvolver uma aeronave - no caso, o Dreamliner. Trata-se do avião com maior índice de terceirização de peças da empresa de defesa americana. Assim, a Boeing investiu menos, mas o Dreamliner atrasou para ficar pronto e custou 12 bilhões de dólares, ante os 5 bilhões de dólares previstos no início do projeto. Sem contar que o produto teve de ser refeito.
(com agência Reuters)




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