MENSALÃO: “O Brasil perdeu. Nós – os que sempre exigimos punição para bandidos – teremos que continuar na luta”
Post do leitor e amigo o blog Reynaldo-BH
O ministro Celso não evoluiu. O incêndio foi combatido com gasolina. Argumentos que 99,99% da população não entendem. Teses até corretas, mas distantes do viver do dia-a-dia e do pesadelo que nos angustia.
A impunidade venceu. Ninguém mais crê na Justiça e menos ainda na punição para ladrões que, de copos de uísque nas mãos, antes comemoravam o roubo e agora comemoram a fuga.
Lulopetistas estão em euforia. Celebram o “está tudo dominado” ou “conosco ninguém pode”! Celso de Mello só ajudou os ladrões colocando a escada para a escalada do muro.
Pouco importa.
Perdemos?
Não sei. Não quero ser o farmacêutico que dourava a pílula para facilitar a ingestão do remédio. Nem ser a raposa das uvas verdes. Declarar vitória e bater em retirada não funcionou nem no Vietnã.
Já não podem ser inocentados: são e serão corruptos
Sei que o Brasil perdeu. Nós – os que sempre exigimos punição para bandidos – teremos que continuar na luta.
Eles não serão perdoados, pois sempre souberam o que faziam.
E são condenados. O “novo julgamento” visa livrar do encarceramento aqueles que já não podem ser inocentados: são e serão corruptos.
Ainda mais passivos, ao receberem favores agora do Poder Judiciário.
E muito ativos, pois corromperam a tradição da mais alta corte de Justiça do Brasil, indicando quem não teria condições de sequer passar nas calçadas.
E não falo de Celso de Mello, a quem ainda respeito. Embora profundamente decepcionado. A decisão jurídica ficou à frente do futuro: dele, meu e de minha filha. E isto dói.
Será conhecido como o jurista que melhor definiu a corja de ladrões. E permitiu aos mesmos – sabendo do aparelhamento evidente que o tempo proporcionou aos credores indecentes – que fugissem da aplicabilidade da lei que exige de todos nós, o encarceramento.
É triste ver que Celso de Mello irá entrar para a história como o ministro do STF que insistiu na divisão do Brasil entre os que pagam pelos seus crimes e os que usam de novos crimes para não pagar os anteriores. O nome deste jogo é impunidade.
O PT perdeu mais: ninguém humilha uma nação impunemente
Falo dos que se venderam por trinta dinheiros. E assim como o ministro que gasta 92% do que recebe com pagamento a um banco que tem processo em suas mãos para relatar, estes outros pagam 100% da decência aos agiotas da imoralidade.
Mas tenho UMA certeza: o PT perdeu mais. Se é que havia ainda algo a perder. No futuro eles irão – sobre os escombros do que teremos que reconstruir – lamentar-se do dia em que o Brasil foi humilhado. Ninguém humilha uma nação impunemente.
A mesma sensação de hoje que os brasileiros com vergonha na cara sentem, eles sentirão em dobro.
Nós, por motivos nobres.
Eles por assistir ao fim do projeto de poder massacrante que tentam atingir.
Que a quadrilha livre das grades é o exemplo maior.
Estamos sós.
Sem quem nos represente, sem oposição ao que se faz, com um executivo clepto-sindical instalado no Executivo e com um Judiciário desmoralizado.
Não, não existem juízes em Brasília. Talvez em Berlim…
Ser só é necessariamente ser mais forte! Passamos a contar somente conosco.
Somos sós. Mas somos milhões! Quando juntos, mesmo na descrença com o Judiciário do Brasil, somos ainda mais. Existe sinergia até na decepção.
O lulopetismo só conseguiu (parabéns!) uma vitória irretocável. A divisão proposta por eles (entre os de lá e nós de cá) é hoje real.
A comemoração dos corruptos libertos nos afronta e agride
E a tentativa do governo de se manter à margem deste julgamento é a prova cabal do envolvimento tão intenso onde até mesmo uma mera declaração será entendida como o desmascaramento do que arquitetaram nos porões ou bueiros do Planalto.
Não temos o PT somente como adversário. Agora temos um inimigo. Aprendemos o que insistentemente eles nos ensinaram.
A comemoração dos corruptos libertos nos afronta e agride. A zombaria sempre deixa um vestígio: ninguém esquece. Não esqueceremos. Não queríamos a cela pela alegria de ver um ser humano preso. EXIGÍAMOS a prisão porque assim a lei que nos pune, diz que este é o resultado de crimes praticados. Infelizmente, não a todos. Não aos que podem manietar o Poder que deveria ser, sempre, independente.
Acreditamos que viveríamos novos tempos desde já. Ainda não. Viveremos. Mesmo sem o Poder Judiciário ou apesar dele.
Perdemos sim. O Brasil perdeu. TODOS perderam. Mesmo os que não aprenderam com a história, com os ensinamentos da vitória de Pirro, soberano do reino grego de Epiro. Disse Pirro após vitória sobre os romanos, no século III a.C.: “Outra vitória como esta e estaremos arruinados!”.
Neste caso não há necessidade de outra vitória: a ruína deles já chegou.
Quem viver verá!
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