Amigas e amigos do blog, vejam o trechinho final da reportagem de Gabriel Castro, do site de VEJA em Brasília, sobre a queda de Helena Chagas da Secretaria de Comunicação Social da Presidência:
“A mudança (…) confirma a crescente influência do ex-ministro Franklin Martins sobre o governo.
Martins integrará a equipe de comunicação na campanha eleitoral de Dilma Rousseff.”
Franklin Martins, dono de uma empresa de comunicação que trabalha para diferentes órgãos do governo, está sendo plenamente ressuscitado pela presidente Dilma.
Durante a campanha eleitoral, será encarregado do trato com a imprensa e as redes sociais, enquanto o marqueteiro João Santana cuidará da propaganda eleitoral na TV e de outros aspectos da imagem da candidata-presidente.
O PT, como se sabe, quer uma campanha “agressiva”, assim com quer uma Secom “mais agressiva”, razão pela qual o atual porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, vai para o lugar de Helena Chagas. Ele é considerado “afinado” com Franklin Martins.
Pode-se imaginar, pois, o que vem por aí neste ano eleitoral.
Isso tudo quer dizer que Franklin Martins, o ex-ministro do lulalato favorável ao “controle social da mídia”, forma enviesada de referir-se a um crescente controle do GOVERNO sobre a imprensa – algo de que Helena Chagas claramente se distanciava, assim como ocorre com o ainda ministro das Comunicações, Paulo Bernardo — está voltando com tudo.
Se Dilma se reeleger, é de se presumir que o ex-ministro se fortalecerá ainda mais perante a presidente — não se pode excluir a hipótese de que volte ao Ministério, seja em que cargo for.
Dilma, por sua vez, sempre se manifestou publicamente pela plena liberdade de imprensa.
A imagem sinistra de Franklin Martins se projetando sobre a presidente, porém, não é de bom agouro para os defensores da imprensa independente.
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