NÃO É DEMAIS? Para o jogging de Vicentinho, uma escolta especial da Polícia Rodoviária Federal — e da PM do Rio Grande do Norte. Viva o dinheiro público!
Post atualizado às 16h57
Viva o dinheiro público! O deputado Vicentinho (SP), atual líder do PT na Câmara dos Deputados, resolveu pagar promessa ao pai já falecido, Francisco Germano da Silva, e fazer jogging às margens da rodovia BR-226, ao longo dos 28 quilômetros que separam Currais Novos e Acari, em seu Rio Grande do Norte Natal.
Vicentinho se orgulha de sua origem modesta, de ter começado do zero — foi vendedor de pães, trabalhador rural, operário de picareta na mão e lavador de carros, mas chegou, como operário qualificado, a presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT, tornou-se deputado federal e estudou até formar-se em Direito.
Contudo, o vírus do poder, pelo jeito, contaminou Vicentinho. Para essa mera corrida, agora que é líder do PT na Câmara dos Deputados, havia, para sua segurança pessoal, duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal e outra, da Polícia Militar potiguar.
Sendo honeste com os leitores, não consegui apurar se Vicentinho SOLICITOU a escolta, ou se ela lhe foi concedida por alguma autoridade federal (no caso da Polícia Rodoviária) ou estadual (no da Polícia Militar).
Mas, vejam só:
1. É O FIM DA PICADA se Vicentinho houver SOLICITADO a escolta. Santo Deus, quem ele pensa que é? O papa? E tem medo do quê?
1. É O FIM DA PICADA, embora menos grave, se Vicentinho, mesmo sem haver solicitado, TENHA ACEITO a escolta. Escolta pra quê? Medo de quem? Para proteger alguém correndo no acostamento de uma rodovia? Milhares de brasileiros comuns fazem isso, tomando cuidado para não perturbar o trânsito e para não sofrer acidentes.
Se este for o caso, por que Vicentinho acha que é diferente dos outros?
O deputado, segundo seu perfil oficial na Câmara, nasceu em Santa Cruz, cidade próxima a Acari, onde viveu parte de sua juventude.
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