Estudo concluiu que risco de morte entre homens russos com menos de 55 anos pode mais que dobrar com o consumo excessivo da bebida
Uma nova pesquisa revelou que 25% de todos os homens russos morrem antes dos 55 anos – e o principal culpado por essa alta taxa de mortalidade precoce é o álcool, especialmente a vodca. O estudo foi publicado nesta sexta-feira na revista médica The Lancet.
A pesquisa foi feita com cerca de 151 000 homens, que foram acompanhados durante até dez anos. Durante esse tempo, 8 000 participantes morreram. Com base em informações como hábitos de consumo de álcool e de tabagismo, além das causas das mortes, os autores fizeram uma estimativa sobre fatores de risco de mortalidade em um período de 20 anos.
Entre homens de 35 e 54 anos, o maior risco de morte foi observado entre os que fumavam e bebiam mais de 1,5 litro de vodca por semana: eles tiveram 35% de chances de morrer ao longo de 20 anos. É mais do que o dobro do risco apresentado por aqueles que também fumavam, mas bebiam menos de meio litro de vodca por semana, que foi de 16%.
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Causas — As principais causas de mortes relacionadas ao excesso de vodca incluíram envenenamento por álcool, acidentes e suicídio, além de doenças como câncer de garganta e fígado, tuberculose, pneumonia, pancreatite e doenças hepáticas.
A pesquisa foi conduzida por especialistas do Centro do Câncer de Moscou, na Rússia, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, e pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No artigo, os autores lembram que, embora o risco de morte prematura ainda seja alto na Rússia ele vem diminuindo desde 2006, quando reformas na política sobre o álcool foram introduzidas no país, fazendo com que o consumo de destilados caísse em cerca de um terço.
De acordo com David Zaridze, um dos autores do estudo, porém, a relação entre consumo de vodca e risco de morte na Rússia deve ser considerada como uma “crise de saúde” no país. Para ele, esse problema pode ser revertido caso as pessoas passem a beber com moderação. "A queda significativa nas taxas de mortalidade russas após a introdução de controles moderados sobre o álcool em 2006 demonstra essa reversibilidade", diz.
O corpo intoxicado
O consumo exagerado de gordura, sódio e álcool e a superexposição ao sol e ao cigarro, entre outros hábitos ruins da modernidade, podem comprometer o funcionamento de uma das mais nobres estruturas celulares, as mitocôndrias - pequenas usinas de energia existentes no interior das células. Quando agredidas, elas deflagram a produção excessiva de radicais livres, átomos ou moléculas altamente reativos que podem desequilibrar a bioquímica celular
Coração
Bryan Christie Designer
O cigarro e o açúcar agridem as células das artérias, provocando um quadro inflamatório e, consequentemente, estimulando a produção de radicais livres. Ao entrarem em contato como colesterol circulante, eles alteram a bioquímica das moléculas de gordura, fazendo com quese depositem com mais facilidade nas paredes arteriais. Já as baixas doses de oxigênio características do ar poluído levam o órgão a aumentar as contrações musculares, desgastando-o
Bryan Christie Designer
O cigarro e o açúcar agridem as células das artérias, provocando um quadro inflamatório e, consequentemente, estimulando a produção de radicais livres. Ao entrarem em contato como colesterol circulante, eles alteram a bioquímica das moléculas de gordura, fazendo com quese depositem com mais facilidade nas paredes arteriais. Já as baixas doses de oxigênio características do ar poluído levam o órgão a aumentar as contrações musculares, desgastando-o
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