Crítico ao ministro
Joaquim Levy, o ex-presidente Lula defendeu nesta quinta-feira (12) a indicação
do ex-ministro do Banco Central Henrique Meirelles para o comando do Ministério
da Fazenda na tentativa de evitar que a atual crise econômica aumente a
rejeição ao governo da presidente Dilma Rousseff.
Em viagem a Brasília (em
jatinho não declarado sobre quem pagou a conta), na qual conversou com
advogados e petistas, ele avaliou que refluiu o movimento pelo impeachment da
presidente, mas considerou que ele pode voltar com força caso o governo federal
não faça mudanças na atual política econômica e evite retrocessos nas
conquistas sociais das administrações petistas à frente do Palácio do Planalto.
Para ele, Meirelles à frente do Ministério da Fazenda traria uma
"perspectiva de futuro" para o mercado financeiro e "mudaria o
humor" da sociedade, que atualmente estaria pessimista com o aumento da inflação
e do desemprego.
Em favor do ex-presidente do Banco Central, Lula afirmou que
Meirelles tem mais "jogo de cintura" para lidar com a crise política.
O petista avaliou ainda que atualmente é menor a resistência no governo federal
ao nome de Meirelles.
Ele costuma fazer uma brincadeira, dizendo que se hoje a
presidente afirma não gostar dele, a situação melhorou. "Hoje ela diz que
não gosta dele, mas antes nem queria ouvir falar no nome dele.
Então,
melhorou", afirmou. Nas conversas, Lula disse que o "prazo de
validade de Levy venceu" e que o nome de Meirelles é necessário para
"recuperar a credibilidade e confiança no governo federal".
Nas
conversas em Brasília, Lula voltou a se queixar da perseguição da Polícia
Federal ao seu filho, Luis Cláudio Lula da Silva, cuja empresa foi alvo de
busca e apreensão pela Operação Zelotes.
Sob pressão de seu próprio partido, a
presidente tem defendido a permanência de Joaquim Levy no governo federal, mas
tem começado a ponderar a necessidade de mudanças no ajuste fiscal capitaneado
pelo ministro.
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