Mais uma das paredes que sustenta barragem de Germano se rompe e
segurança fica abaixo do mínimo
Mais
uma das paredes que sustentam a barragem de Germano, a maior do complexo da
Samarco em Mariana, na região Central de Minas, sofreu ruptura e passa por
reparos.
De acordo com especialista em barragens que acompanha de perto as
investigações dos órgãos competentes, o dique de Sela também teve danos em sua
estrutura após o rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 deste mês.
O dique
é uma espécie de pequena barragem usada para conter os rejeitos das estruturas
maiores.
O Sela estaria com o nível de segurança em torno de 35%, sendo que o
recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é de no mínimo
50%.
Até agora, a Samarco já admitiu danos em duas estruturas: o
dique de Selinha, que apresentou trincas e tem nível de segurança de 22%, e a
barragem de Santarém, que, com a passagem da avalanche de Fundão, teve
problemas de drenagem e de erosões no topo da parede, o que faz a taxa da
estrutura permanecer em 37%.
A ruptura no dique de Sela mostra que a contenção
de Germano ficou mais comprometida que o anunciado. Por isso, medidas de
recuperação já estão em andamento no local, segundo o especialista, que preferiu
não ser identificado.
Um possível rompimento da barragem de Germano poderia causar
estrago quase quatro vezes maior, já que o reservatório tem cerca de 200
milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos de minério – enquanto a de Fundão
tinha 55 milhões de m³.
A diferença é que a de Germano, desativada, tem
conteúdo mais sólido do que a de Fundão, que era composta de água e de
resíduos.
Procurada, a Samarco disse apenas que o fator de segurança no local é
de 44% e que as estruturas de barragem encontram-se estáveis.
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