Dinâmica de precificação
A relação de preço entre o dólar e o real depende de aspectos estruturais e macroeconômicos. O momento de Brasil, Estados Unidos e o mundo no geral deve influenciar na trajetória de preços da moeda estrangeira.
Nossa projeção
No relatório gratuito que pode ser baixado abaixo, adiantamos desde já que na estimativa da Empiricus para a taxa de câmbio de médio/longo prazo da moeda norte-americana é de uma tendência estrutural de valorização. Temos recomendado a compra de dólares contra o real desde a marca de R$ 1,90.
A combinação de necessidade de redução do programa de fornecimento de liquidez nos Estados Unidos a médio prazo com problemas crônicos da economia brasileira referenda a tese de desvalorização do real.
Obviamente, não se supõe nem de perto uma trajetória linear nessa tendência de alta para o dólar. A caminhada rumo às nossas projeções, caso confirmada, será acompanhada de muita volatilidade e idas e vindas.
Teremos óbvia diminuição da liquidez internacional nos próximos meses e isso joga em favor do dólar, com implicações óbvias sobre o juro de 10 anos dos Treasuries e, por conseguinte, sobre o apreçamento de todos os demais ativos de risco. Em 2011, por exemplo, o yield das notas de 10 anos do Tesouro norte-americano era de 3,6%. O prognóstico é de que caminhemos para patamares mais próximos à média histórica conforme haja recrudescimento das condições de liquidez.
O caso brasileiro, porém, é particularmente delicado. O real é uma moeda exótica. Enfrenta volatilidade mais alta e eventos raros (aqueles cujos retornos são superiores a dois desvios- padrão da média) com frequência superior ao usualmente observado.
Além disso, Brasil é proxy de commodities. No caso de confirmação da esperada recuperação da moeda norte-americana, as matérias-primas tenderiam a perder força, deteriorando os termos de troca por aqui. Em resumo, mantemos o prognóstico de valorização do dólar contra o real.
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