ISTAMBUL — Com intenção de intensificar a pressão sobre o Estado Islâmico, aviões de guerra dos Estados Unidos bombarderam nesta segunda-feira caminhões usados pelo grupo extremista para contrabandear petróleo produzido na Síria, informaram autoridades americanas do Penstágono. Segundo avaliações iniciais, 116 veículos foram destruídos no ataque próximo a Deir al-Zour, no Leste da Síria, sob controle do EI.
De acordo com o "New York Times", 295 caminhões estavam na região atacada, informaram as autoridades americanas. Quatro aviões A-10 e dois AC-130 Gunship com base na Turquia integraram a missão e mais de 20 bombas foram lançadas. O objetivo da ação foi afetar uma das atividades pelas quais o Estado Islâmico gera renda para custear operações militares e governar seus territórios. Segundo jornal, o grupo arrecada cerca de US$ 40 milhões mensais a partir da produção e exportação de petróleo.
A operação americana é uma ação decorrente dos atentados terroristas em Paris na sexta-feira. Até então, os EUA evitavam atingir a frota para transporte de petróleo, estimada em mais de 1 mil caminhões a partir de registros de drones de monitoramento, por preocupações com eventuais alvos civis, o que contribuiu para a expansão da atividade realizada pelo EI.
O coronel Steven H, Warren, porta-voz em Bagdá da coalizão liderada pelos EUA, confirmou os números:
— Essa parte da Tidal Wave II (nome da operação militar) é destinada a atacar o componente de distribuição de petróleo contrabandeado do Estado Islâmico e prejudicar sua capacidade de financiar operações militares — explicou Warren.
A operação americana segue os ataques franceses a Raqqa, capital do autoproclamado califado do Estado Islâmico na Síria. Mais de 20 bombas foram lançadas na região, mas os danos causados ainda não foram mensurados.
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