PAPEL DE CANALHA MESMO, POIS QUANDO SE RECUSA A TIRAR O ICMS DA GASOLINA QUE BENEFICIARIA MILHÕES DE CIDADÃOS PAULISTANOS, FAZ UM AGRADO OU UM PRESENTINHO AOS EMPRESÁRIOS► É O VERDADEIRO ALMOFADINHA COMUNISTA.
Renúncia fiscal: Doria e Covas tiraram quase R$ 20 bilhões de São Paulo para beneficiar empresários.
Sem
explicar as vantagens para a cidade, nem que setores foram beneficiados,
renúncia fiscal iniciada com Doria equivale a 17% do orçamento da capital
paulista nos anos de 2017 e 2018, segundo relatório do Tribunal de Contas.
São Paulo – Em dois anos, a prefeitura de São Paulo deixou de arrecadar
R$ 19,5 bilhões em renúncias fiscais – quando o governo abre mão de receber
impostos em nome de estímulos a um ou mais setores da economia. A prática teve
início na gestão do ex-prefeito e atual governador, João Doria, e prosseguiu
com seu sucessor, o atual prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB. Foram R$ 9,7
bilhões em 2017 e R$ 9,8 bilhões em 2018, o que representa, aproximadamente,
17,8% e 17,5% do total do orçamento da cidade em cada ano, respectivamente. As
informações contam da análise das contas das gestões Covas e Doria, do ano
passado, divulgada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).
Para uma gestão que sempre alegou dificuldades financeiras e
impossibilidade para fazer investimentos, é uma renúncia significativa. No
entanto, Doria e Covas não explicam que vantagens a renúncia fiscal trouxe para
a cidade, nem que setores são os beneficiários da isenção. A corte aprovou as
contas, mas determinou que a prefeitura apresente registros contábeis, as
empresas beneficiadas e os impactos da decisão no orçamento municipal.
Em comparação com a arrecadação de impostos da capital paulista em 2018,
a renúncia fiscal praticada por Covas foi equivalente a 32,9% do total de
tributos que a prefeitura recebeu, “evidenciando um valor alto que está deixando de ser arrecadado pelo
município”, conforme registrou o conselheiro do TCM Maurício de Faria, relator
das contas. No caso, a maior parte da receita renunciada foi a do Imposto
Sobre Serviços (ISS), principal tributo municipal.
Porém, enquanto oferece aos empresários benefícios de custo elevado para
a cidade, Covas aumentou em até 50% o Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) da capital paulista neste ano. Também
realizou cortes no orçamento da Assistência Social, provocando
redução de atendimento e fechamento de serviços. E reduziu o número de integrações gratuitas
realizadas com o Bilhete Único Vale-Transporte, além de aumentar a tarifa desta
modalidade para R$ 4,57. Essa medida foi cassada pelo Tribunal de Justiça de
São Paulo.
O orçamento municipal sofreu cortes em várias áreas também quando Doria era o prefeito.
Não há registro da prática de renúncia fiscal nos anos anteriores. O
conselheiro do TCM cita que a gestão Covas aprovou a instituição da renúncia
fiscal por meio de uma lei não específica, no ano passado, que também não
detalha o impacto da medida no orçamento.
A Lei Municipal 16.899/18 é uma norma
que faz alterações em diversos outros dispositivos legais da cidade, tratando
desde carreiras de servidores até doações de imóveis, passando pela concessão
dos benefícios fiscais.
No governo estadual, a renúncia fiscal também vem sendo praticada sem
critérios ou transparência.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem exigindo a
divulgação dos beneficiados e o valor que cada empresa deixou de pagar em
impostos desde o governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
Em 2017, o total chegou a
R$ 14,5 bilhões. Foi a R$ 20,45 bilhões em 2018, chegando perto do que foi
gasto em saúde no estado naquele ano: R$ 22 bilhões.
Os valores devem chegar a
R$ 23 bilhões neste ano, e alcançar R$ 24,6 bilhões em 2020.
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