A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) abriu uma investigação para checar se Lewis Hamilton quebrou regras da entidade ao usar uma camiseta com a mensagem "Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor" após sua vitória no GP da Toscana de F1, no último domingo.
Breonna, de 26 anos, foi morta em março de 2020 deste ano,
depois que três policiais à paisana (Jonathan Mattingly, Brett Hankison e Myles
Cosgrove) derrubaram a porta e entraram em seu apartamento em uma batida à
procura de drogas.
De acordo com as versões divulgadas pela Justiça dos Estados
Unidos, o namorado de Breonna, Kenneth Walker, atirou nos policiais, já
que pensou que eles fossem ladrões invadindo a residência. Com isso, houve
troca de tiros e Breonna acabou alvejada oito vezes, morrendo na hora.
Os policiais, por sua vez, alegam que bateram, sim, na porta,
antes de entrarem no apartamento e iniciarem a troca de tiros - na ação, o
sargento Jonathan Mattingly também foi alvejado e ficou ferido, mas
sobreviveu.
Os procurados na ação eram Jamarcus Glover e Adrian Walker,
que vendiam drogas em uma casa a 16 quilômetros da residência de Breonna
Taylor.
Breonna trabalhava como paramédica no hospital da Universidade
de Louisville, no Kentucky, e não tinha qualquer antecedente criminal.
Em maio deste ano, sua família entrou com ação contra a polícia
pela morte da profissional de saúde.
Hamilton não é o primeiro a se manifestar cobrando a
responsabilização dos policiais no caso. Vários outros atletas negros, como a
tenista Naomi Osaka, campeã do US Open no último
sábado, também se posicionaram sobre o caso nos últimos dias.
Além de vestir a camiseta com a mensagem, o hexacampeão mundial
da F1 também falou sobre a paramédica em sua entrevista pós-corrida.
"Levou muito tempo para eu conseguir esta camiseta, e faz
tempo que venho querendo usá-la para trazer atenção ao fato de que pessoas
estão sendo mortas nas ruas, e uma pessoa foi morta dentro de sua própria casa,
e os policiais estavam na casa errada. E esses caras estão andando livres por
aí", afirmou.
"Não não podemos parar, simplesmente não podemos! Temos que
continuar levantando atenção para esses casos", seguiu.
"Queremos justiça para Breonna Taylor", disse, ao
encerrar seu pronunciamento às redes de TV.
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