Por Marcelo Ribeiro,
em 29.10.2020
Mais de 80% dos
200 pacientes com COVID-19 em um hospital na Espanha têm deficiência de
vitamina D, de acordo com um novo estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology
& Metabolism da Endocrine Society.
Vitamina D é um
hormônio produzido pelos rins que controla a concentração de cálcio no sangue e
afeta o sistema imunológico. A deficiência de vitamina D tem sido associada a
uma gama de problemas de saúde, embora pesquisas ainda estejam em andamento
sobre como o hormônio afeta outros sistemas do corpo. Muitos estudos apontam
para o efeito benéfico da vitamina D no sistema imunológico, principalmente no
que diz respeito à proteção contra infecções.
“Uma abordagem é
identificar e tratar a deficiência de vitamina D, especialmente em indivíduos
de alto risco, como idosos, pacientes com comorbidades e residentes de asilos,
que são a principal população-alvo do COVID-19”, disse o coautor do estudo José
L. Hernández, Ph.D., da Universidade de Cantabria em Santander, Espanha. “O
tratamento com vitamina D deve ser recomendado em pacientes com COVID-19 com
baixos níveis de vitamina D no sangue, uma vez que esta abordagem pode ter
efeitos benéficos tanto no sistema musculoesquelético quanto no sistema
imunológico.”
Os pesquisadores
descobriram que 80% 216 pacientes com COVID-19 no Hospital Universitario
Marqués de Valdecilla tinham deficiência de vitamina D, e os homens tinham
níveis mais baixos de vitamina D do que as mulheres. Pacientes com COVID-19 com
níveis mais baixos de vitamina D também apresentaram níveis mais elevados de
marcadores inflamatórios.
Para aumentar os
níveis de vitamina D, é indicada a exposição ao sol de braços e pernas antes
das 10 horas da manhã, durante 15 a 20 minutos, três vezes por semana, sem
protetor solar, pois fatores de proteção acima de 8 já impedem a produção do
nutriente pela pele.
A vitamina D é freqüentemente chamada de “a vitamina do sol” porque o sol é uma das melhores fontes desse nutriente. Sua pele abriga um tipo de colesterol que funciona como um precursor da vitamina D. Quando esse composto é exposto à radiação UV-B do sol, ele se torna vitamina D. Vale passar cerca de 15 a 20 minutos por dia no sol das 10h da manhã (braços e pernas) e sem protetor solar nestas áreas. [Science Daily]
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