►Fim do fator previdenciário precisa ser analisado, diz Garibaldi.

Extraído de: No Minuto  -  09 de Dezembro de 2010

Peemedebista disse que será necessário analisar a melhor forma para o fim propriamente dito, e, se ele será possível.

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Garibaldi Alves Filho (PMDB) irá assumir o Ministério da Previdência com algumas missões importantes, entre elas, estudar o fim do fator previdenciário. Favorável ao assunto, o peemedebista lembrou que a matéria deverá ser analisada com muita cautela e que o assunto já chegou a ser discutido com a presidente eleita Dilma Rousseff (PT).

Sou favorável ao fim do fator previdenciário, agora como ministro, eu tenho que saber qual a melhor maneira que possa se dar isso, ou se até mesmo, não tenhamos condições de chegar ao fim propriamente dito, ressaltou.

O senador e a presidente eleita analisaram a questão que precisará de empenho para que seja solucionada, até porque estimativas indicam que o fim do fator previdenciário pode gerar um rombo de até R$ 40 bilhões anuais aos cofres públicos.

Nós falamos nisso. É um ponto de desequilíbrio se ele vier a ser eliminado de uma hora para outra. Creio que precisamos caminhar. Sem ter um diagnóstico, não teremos condições de anunciar grandes mudanças.

O fator previdenciário é um mecanismo que inibe a aposentadoria apenas por tempo de contribuição, antes da idade mínima de 60 anos (para mulheres) ou 65 anos (para homens). Quanto menor é a idade no momento da aposentadoria, maior é o redutor do benefício.

Garibaldi lembrou ainda que a presidente deseja uma reforma na previdência, principalmente, no que diz respeito ao atendimento aos previdenciários, mas sobre a reforma na legislação da Previdência, será preciso uma nova discussão.

Ela [Dilma] falou que está muito empenhada em melhorar a situação do previdenciário, e que vai continuar uma política de melhor atendimento a esse previdenciário, através de eliminação de filas, como já aconteceu. Agora há uma política de expansão de agências da Previdência, inclusive aqui no Rio Grande do Norte já foram inauguradas algumas.

Sobre a reforma da legislação da Previdência, isso aí ainda não há uma definição da política do governo da presidente Dilma, informou.
Desafios
Questionado sobre o qual seria o maior desafio ao assumir a pasta, o senador Garibaldi Alves (PMDB) afirmou que não tem como identificar apenas um, mas que o importante é agilizar a situação dos mais de 23 milhões de previdenciários no Brasil.

Não são poucos, mas eu acho que não se deve pensar nos problemas. Temos que pensar no seguinte: são 23 milhões de pessoas que dependem de liberação de recursos da previdência, pessoas que tem sua aposentaria vinculada a previdência, então você tem uma responsabilidade imensa de procurar assegurar o melhor para essa imensa quantidade de brasileiros, disse.

Mesmo sem ter conhecimento sobre a pasta, o futuro ministro da Previdência fez questão de ressaltar que está capacitado e apto para assumir a função.

Me desculpem a pretensão, mas eu me acho capacitado para assumir qualquer ministério, o que eu disse naquela oportunidade, logo que soube do convite, é que no momento, eu não estava a par dos assuntos da Previdência, não sabia de nada. Mas isso não quer dizer que amanhã eu fique sabendo com as informações que terei com quem dirige a pasta, declarou.

Garibaldi Alves agendou um encontro com o atual ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas para a próxima segunda-feira (13), às 17 horas, no ministério.

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