Publicada em 17/12/2010 Fábio Fabrin
BRASÍLIA - O ministro do Esporte, Orlando Silva, chamou nesta sexta-feira de uma ficção a Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade a ser criada em 2011, que ele poderia comandar.
A afirmação foi feita depois de o ministro subir nas cotações para ocupar um provável Ministério dos Jogos Olímpicos, pasta que deve ser criada no governo de Dilma Rousseff.
A alternativa surgiu depois que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ofereceu resistência à APO, que seria formada por um consórcio entre a União, o estado e o município do Rio. As três esferas de governo assinaram um protocolo para fundá-la, mas é necessária a aprovação do Legislativo em cada uma dessas instâncias.
Nos bastidores, segundo fontes do governo, o prefeito carioca tem trabalhado para protelar a votação na Câmara do Rio.
Silva diz estranhar o fato de o Rio ter aprovado um pacote de medidas para as Olimpíadas, embora não toque para frente o projeto APO. Para ele, não há como falar numa indicação ao comando de uma entidade que sequer saiu do papel.
- A APO é uma ideia, um conceito, uma organização que não existe - afirmou , após reunião na qual apresentou um balanço das ações de sua gestão.
Silva não quis comentar a criação de um novo ministério para as Olimpíadas, argumentando que se trata de assunto da presidente eleita e a equipe de transição. Informou que só comentará o assunto depois de falar com ela, o que pode ocorrer neste fim de semana.
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