Na sexta-feira, dia 15, um asteroide com o tamanho de meio campo de futebol passou próximo da Terra. Não atingiu o planeta, mas se atingisse, a colisão criaria uma explosão grande o suficiente para derrubar 80 milhões de árvores, ou arrasar toda a grande área de São Paulo.
Sabemos disso por que impactos de objetos do tamanho do asteroide 2012 DA14 já aconteceram em tempos recentes. Em 1908, um pedaço de cometa ou meteoroide de 100 milhões de quilogramas explodiu na atmosfera sobre Tunguska, Sibéria, colocando o céu em chamas e liberando a mesma energia de 185 bombas de Hiroshima.
Felizmente, o impacto aconteceu em uma região remota e de floresta, matando centenas de renas, mas nenhum humano. Com cerca de 40 metros de diâmetro, a rocha de Tunguska é semelhante à 2012 DA14, que se acredita ter 45 metros de diâmetro. Para comparar, é o mesmo tamanho da Casa Branca, explica Mark Boslough, um físico do Laboratório Nacional Sandia no Novo México (EUA), que usou um modelo computadorizado para recriar o impacto de Tunguska.
O asteroide 2012 DA14 vai passar a cerca de 27.700 km da Terra, aproximadamente às 15h00 pelo horário de verão brasileiro, sobre a Austrália, Ásia e leste da Europa, vindo do sul para o norte. Ele está em uma órbita que cruza a do nosso planeta em dois pontos, e casualmente estamos passando bem perto de um deles.
Da mesma forma que o evento em Tunguska explodiu no ar, se o asteroide 2012 DA14 atingisse a Terra diretamente (em um ângulo de 90°), explodiria na atmosfera por ser feito de rocha (sua densidade é inferior a 3.000 kg/m³). Um asteroide deste tamanho e de ferro com certeza atingiria o solo, e criaria uma cratera semelhante a Cratera do Meteoro, do Arizona, EUA.
Mas o fato de explodir no ar não significa que não haveriam danos. A explosão criaria uma onda de choque e ventos de 582 m/s que destruiria edifícios e casas de madeira, e entortaria estruturas de aço. Pontes e passarelas ruiriam, todas as janelas na área quebrariam, e carros e caminhões seriam arrastados e destruídos. A potência sonora da explosão chegaria a 116 dB.
Asteroides deste tamanho passam próximos da Terra a cada 40 anos, segundo estimativas da NASA, mas impactos só acontecem a cada 1.000 ou 2.000 anos. De qualquer forma, devem existir uns 500.000 objetos semelhantes em órbita próxima da Terra (menos de 1% foram descobertos) neste momento. [Earth Impact Effects Program(simulador), Impact: Earth! (simulador), NASA, NEO-JPL, OAM, LiveScience]
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