Editoria: Astronomia
Sexta-feira, 22 fev 2013
Sexta-feira, 22 fev 2013
Dizer que chove no Sol pode até parecer exagerado, mas é exatamente isso o aconteceu na superfície da estrela durante a ocorrência de um flare. Um evento simplesmente sensacional registrado pelas lentes do telescópio SDO.
No dia 19 de julho de 2012, tudo parecia tranquilo na superfície do Sol e as imagens transmitidas pelo Observatório de Dinâmicas Solares, SDO, não mostravam anomalias significativas que pudessem chamar a atenção, até que de repente esse panorama começou a mudar.
Subitamente, uma explosão de média intensidade brilhou na superfície da estrela, dando origem a um gigantesco e cintilante loop de plasma que se elevou a mais de 100 mil km de altitude. Ao mesmo tempo em que subia, o gás superaquecido do arco passou a se precipitar sobre a superfície do Sol, provocando uma verdadeira chuva de plasma, batizada pelos físicos espaciais de Chuva Coronal.
Apesar de invisíveis, o campo magnético do Sol força o gás ionizado ejetado a se mover ao longo das linhas de força, enquanto a alta temperatura faz o gás brilhar intensamente no comprimento de onda ultravioleta de 304 Angstroms e captado pelos sensores do telescópio SDO.
De modo muito parecido com a formação da chuva terrestre, o plasma superaquecido da coroa solar sobe, "resfria e condensa" ao longo das linhas do campo magnético. Em seguida despenca, criando um belo e impressionante cenário espacial que lembra um típico temporal de fim de tarde.
Coisas do Sol!
Artes: No topo, comparação entre o tamanho da chuva coronal e o planeta Terra. No vídeo, toda a sequência da formação, desde o flare até a tempestade de plasma sobre a superfície do Sol. Créditos: SDO/NASA, Apolo11.com.
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