Minas e Energia debate denúncias de exploração e exportação de Nióbio

INDÚSTRIA E COMÉRCIO
A Comissão de Minas e Energia promove audiência pública, na quarta-feira (17), para discutir "as graves denúncias acerca da exploração e exportação do Nióbio no Brasil", de acordo com o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), autor do requerimento para a audiência juntamente com os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-MG) e Dudimar Paxiuba (PSDB-PA).
O evento ocorrerá no Plenário 14, a partir das 11 horas. Vão discutir o assunto com os deputados os seguintes convidados:
- o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão;
- o professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet/MG) José Fernando Ganime;
- o professor e economista Adriano Benayon do Amaral; e
- o advogado Antonio Ribas Paiva.
Maior reserva do mundo
Paulo Abi-Ackel lembra que o Brasil detém a maior reserva de nióbio do mundo. Esse elemento químico é um metal raro e muito precioso, chega a custar mais que o ouro, pois, sem ele, as ligas super-resistentes não existiriam para fabricar os foguetes interplanetários, satélites, turbinas para motores a jato, mísseis, centrais elétricas, superligas de aço, armamento e outros produtos estratégicos modernos.
O Brasil detém 98% de todo nióbio existente no planeta, ficando o Canadá e alguns países da África com os restantes 2%. As maiores jazidas de nióbio no Brasil encontram-se no estado do Amazonas, em São Gabriel da Cachoeira, e no estado de Roraima, na reserva indígena Raposa Serra do Sol.
Contrabando
O metal é explorado e enviado quase em sua totalidade ao exterior, "entretanto, se compararmos a contabilidade do que é exportado legalmente do Brasil com os números contábeis oficiais dos países importadores, veremos que há uma discrepância de mais de 90% entre o que foi importado e o que foi exportado legalmente, o que leva a supor um enorme contrabando do nióbio".
O parlamentar cita ainda que, "segundo informações da mídia investigativa, o minério é contrabandeado para a Guiana Inglesa, e dali para os EUA, Europa e Ásia, e quem dita os preços desse valoroso e estratégico minério é a Inglaterra".
Da Redação/NA

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