Uma das dificuldades mais comuns em relacionamentos é a queda da libido e o sexo que vai rareando até não existir mais. O amor ainda está ali. A atração física também, mas, por algum motivo desconhecido, não passa disso.
E não importa se o relacionamento é 100% feliz ou cheio de altos e baixos.
Pesquisas dizem que os principais problemas são a quantidade de trabalho que a mulher enfrenta – a famosa (e absurda) dupla jornada – e a monogamia. Também apontam que, depois de quatro anos de relacionamento, o desejo da mulher despensa e o do homem continua o mesmo.
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É claro que podemos atribuir a falta de interesse sexual a milhares de problemas culturais, já que somos, desde crianças, programadas para não gostar de sexo. Mas cientistas buscam maneiras medicinais de tratar a questão. A falta de desejo, no ponto de vista médico, se chama desordem da hipoatividade sexual e, segundo dados americanos, atinge entre 15% e 20% das mulheres entre 20 e 60.
A saída encontrada pela esperta indústria farmacêutica foi desenvolver um remédio para resolver o problema. Várias tentativas vem sendo feitas durante os últimos anos, mas a maior parte delas parecia-se mais com um placebo do que com um medicamento efetivo.
A nova droga, chamada Lybrido, está sendo testada e promete despertar o desejo das mulheres através dos neurotransmissores do cérebro. O próximo passo é passar pelos testes da FDA, a agência reguladora de medicamentos dos EUA, e só então ir para o mercado. A previsão é 2016.
A dificuldade
Mas por que o viagra está no mercado há tanto tempo e um remédio parecido, focado em mulheres, só está sendo testado agora? Primeiro porque vivemos em um mundo feito por homens e para homens, mulheres estão em segundo plano. Segundo, porque entender como funciona o desejo feminino fez os bonitos quebrarem a cabeça repetidas vezes.
A tentativa feita por diversos grupos de cientistas era medir a pressão sanguínea vaginal enquanto mulheres assistiam pornografia e acompanhar os batimentos cardíacos e dilatação de pupilas quando estavam falando sobre sexo. É claro que não deu certo, já que o desejo feminino está ligado a outras coisas além do físico.
Funcionamento
Depois de diversas tentativas frustradas – já que as pessoas costumam ver o mundo apenas por olhos masculinos -, o remédio foi desenvolvido com parte da fórmula do Viagra, que estimula a irrigação sanguínea dos órgãos sexuais e parte que atua no cérebro.
A ideia é estimular as regiões que produzem dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer. Essa produção, ligada a impulsos eróticos externos faria com que a rede cerebral funcionasse com mais força nesse sentido.
Os remédios precisariam ser ingeridos de três a seis horas antes do momento que a mulher quisesse estar “a ponto de bala”.
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