Entrevista concedida a Guilherme Dearo, publicada em edição impressa de VEJA
30/08/2013
ONDE AS LOIRAS NÃO TÊM VEZ
A modelo carioca Nathalia Kaur, de 23 anos que saiu do Rio em 2011 para trabalhar por três meses na Índia conta como virou uma estrela de Bollywood
Como você virou atriz de cinema na Índia?
No Rio, eu estudava direito e trabalhava como modelo. Em 2011, me chamaram para uma campanha em Mumbai por três meses. Nesse período, acabei participando de um reality show de modelos na TV e ganhei. Fiquei famosa no país inteiro e me chamaram para fazer um filme. Deu tão certo que acabei ficando de vez. Já fiz seis longas.
Você é desconhecida no Brasil. Na Índia, as pessoas sabem quem você é?
Não consigo sair na rua quando estamos divulgando os filmes. Já fui reconhecida até em Londres e Dubai.
Você tem mesmo ascendência indiana, como diz?
Os avós do meu pai eram punjabis. Mudei meu sobrenome para Kaur, que é bem comum por aqui. Era impossível eles pronunciarem “Pinheiro”.
Você foi bem recebida desde o início?
No começo, não. Chega aqui uma brasileira altona, bronzeada, linda, maravilhosa… Sentia que eles ficavam incomodados. Mas, quando digo que tenho sangue indiano, ficam mais tranquilos. Eles me acham linda. Tenho corpo brasileiro, com mais curvas, e um rosto local. Se eu fosse loira, não teria chance.
Você se define na sua página no Facebook como “perfeita combinação da voluptuosidade brasileira com a face doce e inocente dos punjabis”. Tirando a beleza, você tem talento?
Em Bollywood, a beleza conta mais que o talento, ninguém precisa ser brilhante.
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