Segundo Lucy Cooke, escritora e cineasta com conhecimento em zoologia, a Tasmânia é como uma máquina do tempo. Suas florestas primitivas têm fósseis vivos que seguiram um ramo evolutivo diferente da maioria dos mamíferos.
Em resumo: para os amantes de esquisitices e aberrações, é o paraíso.
Tome como exemplo a equidna: um animal que parece um ouriço, come cupim e tem o pênis mais estranho do mundo, com quatro cabeças (para quê tanto?).
Equidnas, junto com o ornitorrinco, são os últimos monotremados sobreviventes na Terra, um ramo dos mamíferos que ainda põem ovos como os répteis.
Apesar de tal comportamento ancestral bizarro, esses animais são notavelmente bem sucedidos e vagam pelo planeta desde o tempo dos dinossauros.
Lucy quis ver essas bolas do sexo por si mesma. Para encontrar uma equidna, ela correu ao socorro do Dr. Stewart Nicol, que tem dedicado os últimos 25 anos de sua carreira a estudar a vida sexual desta criatura peculiar.
Em uma fazenda ao norte da Tasmânia, Lucy, o Dr. Nicol e uma equipe de estagiárias saíram à procura dos equidnas, que são marcados para torná-los mais fáceis de estudar. Eles vivem cerca de 45 anos, e o Dr. Nicol tem seguido alguns indivíduos há mais de uma década.
Julho, o mês da visita de Lucy, é época de reprodução desses animais, por isso, as fêmeas raramente são vistas sozinhas. A concorrência para o sexo é feroz, e não é incomum testemunhar a visão um tanto cômica de uma fêmea solitária sendo perseguida por um grupo de até 10 pretendentes.
Uma das fêmeas da fazenda já tinha acasalado com três machos nos últimos dias. Versus quatro cabeças… Bom, na nossa sociedade há uma palavra para descrevê-la. Na cultura equidna, no entanto, esse comportamento é plenamente aceitável.
Mais que aceitável – pode ser vantajoso. O Dr. Nicol está estudando se as fêmeas têm a capacidade de escolher qual esperma fertiliza, eventualmente, os seus ovos. A variedade de parceiros pode garantir que o animal escolha os melhores genes para propagar sua espécie.
Depois de algumas horas de procura – e esforço físico, Lucy conseguiu capturar uma equidna macho. Suas luvas de couro foram rapidamente perfuradas por seus espinhos de 15 centímetros. Ao que parece, mãos inchadas, furadas e sangrando são um risco ocupacional de pesquisar equidnas.
As "joias" de um macho equidna ficam "escondidas" dentro de seu corpo, longe dos olhares curiosos das damas. Mas quando o Dr. Nicol gentilmente pressiona sua virilha, o pênis do macho aparece como uma luva de borracha inflada.
Chegou o momento que Lucy tanto esperava: a espiada no que deve ser um dos pênis mais esquisitos do reino animal. Com quatro cabeças diferentes, Lucy descreve o membro como o que parece "uma mão sem polegar acenando para ela, ou algum tipo de anêmona estranha".
"Não decepciona no quesito singularidade. Mas é um pouco perturbador. Além disso, de repente, de pé na chuva olhando um animal indefeso com seu pênis pendurado para fora, pareceu errado. Eu meio que queria cobri-lo e dizer que sinto muito", brinca Lucy.
Bom, volto à pergunta: e para quê tanto? A razão pela qual o pênis da equidna tem quatro cabeças ainda não é clara.
As fêmeas têm dois "canais do amor", então o Dr. Nicol sugere que o pênis funciona como uma "escopeta dupla de cano duplo", disparando com duas cabeças para cada lado. Como o macho não sabe qual canal, ou de qual lado da fêmea ela liberará ovos, isso pode aumentar suas chances de fertilização. Como já diria o ditado, cada um se vira com o que tem, não é mesmo? [NationalGeographic]
Segundo Lucy Cooke, escritora e cineasta com conhecimento em zoologia, a Tasmânia é como uma máquina do tempo. Suas florestas primitivas têm fósseis vivos que seguiram um ramo evolutivo diferente da maioria dos mamíferos.
Em resumo: para os amantes de esquisitices e aberrações, é o paraíso.
Tome como exemplo a equidna: um animal que parece um ouriço, come cupim e tem o pênis mais estranho do mundo, com quatro cabeças (para quê tanto?).
Equidnas, junto com o ornitorrinco, são os últimos monotremados sobreviventes na Terra, um ramo dos mamíferos que ainda põem ovos como os répteis.
Apesar de tal comportamento ancestral bizarro, esses animais são notavelmente bem sucedidos e vagam pelo planeta desde o tempo dos dinossauros.
Lucy quis ver essas bolas do sexo por si mesma. Para encontrar uma equidna, ela correu ao socorro do Dr. Stewart Nicol, que tem dedicado os últimos 25 anos de sua carreira a estudar a vida sexual desta criatura peculiar.
Em uma fazenda ao norte da Tasmânia, Lucy, o Dr. Nicol e uma equipe de estagiárias saíram à procura dos equidnas, que são marcados para torná-los mais fáceis de estudar. Eles vivem cerca de 45 anos, e o Dr. Nicol tem seguido alguns indivíduos há mais de uma década.
Julho, o mês da visita de Lucy, é época de reprodução desses animais, por isso, as fêmeas raramente são vistas sozinhas. A concorrência para o sexo é feroz, e não é incomum testemunhar a visão um tanto cômica de uma fêmea solitária sendo perseguida por um grupo de até 10 pretendentes.
Uma das fêmeas da fazenda já tinha acasalado com três machos nos últimos dias. Versus quatro cabeças… Bom, na nossa sociedade há uma palavra para descrevê-la. Na cultura equidna, no entanto, esse comportamento é plenamente aceitável.
Mais que aceitável – pode ser vantajoso. O Dr. Nicol está estudando se as fêmeas têm a capacidade de escolher qual esperma fertiliza, eventualmente, os seus ovos. A variedade de parceiros pode garantir que o animal escolha os melhores genes para propagar sua espécie.
Depois de algumas horas de procura – e esforço físico, Lucy conseguiu capturar uma equidna macho. Suas luvas de couro foram rapidamente perfuradas por seus espinhos de 15 centímetros. Ao que parece, mãos inchadas, furadas e sangrando são um risco ocupacional de pesquisar equidnas.
As "joias" de um macho equidna ficam "escondidas" dentro de seu corpo, longe dos olhares curiosos das damas. Mas quando o Dr. Nicol gentilmente pressiona sua virilha, o pênis do macho aparece como uma luva de borracha inflada.
Chegou o momento que Lucy tanto esperava: a espiada no que deve ser um dos pênis mais esquisitos do reino animal. Com quatro cabeças diferentes, Lucy descreve o membro como o que parece "uma mão sem polegar acenando para ela, ou algum tipo de anêmona estranha".
"Não decepciona no quesito singularidade. Mas é um pouco perturbador. Além disso, de repente, de pé na chuva olhando um animal indefeso com seu pênis pendurado para fora, pareceu errado. Eu meio que queria cobri-lo e dizer que sinto muito", brinca Lucy.
Bom, volto à pergunta: e para quê tanto? A razão pela qual o pênis da equidna tem quatro cabeças ainda não é clara.
As fêmeas têm dois "canais do amor", então o Dr. Nicol sugere que o pênis funciona como uma "escopeta dupla de cano duplo", disparando com duas cabeças para cada lado. Como o macho não sabe qual canal, ou de qual lado da fêmea ela liberará ovos, isso pode aumentar suas chances de fertilização. Como já diria o ditado, cada um se vira com o que tem, não é mesmo? [NationalGeographic]
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