Depois da baderna na Praça dos Três Poderes e das tentativas de ataque ao Supremo e ao Planalto, o MST é recebido com tapete vermelho pelo governo. Nem um pio sobre as violências cometidas. Onde é que vamos parar?
O que mais me impressionou com o episódio da baderna promovida pelo MST na Praça dos Três Poderes e imediações não foi a violência do ato em si, que deixou dezenas de policiais militares do Distrito Federal feridos, além da tentativa –inédita na história da República — de invadir o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal, ou a investida como uma manada de búfalos sobre o Palácio do Planalto.
Eu espero qualquer coisa de um movimento que se lixa para a lei e para a Constituição.
Eu poderia ter comentado o fato ontem, mas não o fiz. O blog não compromisso com o fato imediato, como sempre digo aos leitores. O que importa é, como diria o grande jornalista Theodore White, voltar-se não para o ontem, ou para a semana passada, ou o que seja — é voltar-separa o que está acontecendo.
Pois bem, o que mais chamou minha modesta atenção foi que, depois da baderna, chefes do MST foram recebidos, como se nada tivesse acontecido, pela presidente Dilma, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e, entre outras autoridades, pelo inevitável ministro Gilbertinho, secretário-geral da Presidência que, em vez de secretariar a Presidência, tem como principal incumbência, sabe-se Deus por que, a de ser o principal interlocutor do governo com os chamados “movimentos sociais”.
Recebidos SEM NENHUMA REPRIMENDA, nenhuma ressalva, nada, nada! Recebidos com tapete vermelho!
A única nota levemente distoante na coisa toda foi a visível contrariedade da presidente Dilma ao receber de presente uma cesta de supostos produtos oriundos de um assentamento do MST.
A presidente, é o que circula em círculos políticos de Brasília, foi levada a retomar canais com o MST por influência — adivinhem de quem? — de Lula, e parece não ter gostado muito.
E foi só! Os baderneiros vão para o quebra-quebra e para a violência, e depois a mais alta autoridade da República, cercada por alguns áulicos, um deles sorrindo, feliz, o tempo todo — o ministro Gilbertinho –, engolem o sapo e… a vida continua!!!
Aonde é que vamos parar?
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