Bombardeiro pesado efetuou primeiro voo há 100 anos

Bombardeiro Ilia Muromets

Em 26 de janeiro de 1914 se realizou o primeiro voo experimental de um bombardeiro pesado, revestido de madeira, munido de quatro motores, de autoria do eminente engenheiro russo, Igor Sikorsky.

À aeronave foi dado o nome Ilia Muromets, em homenagem ao ilustre e lendário guerreiro russo.
Os aeroplanos pesados estavam naquela altura na mira de muitos construtores europeus. Mas os seus testes não foram bem sucedidos. 
O famoso engenheiro britânico, Frederick William Lanchester, havia publicado um estudo em que tentava provar que os aviões já tinham alcançado as dimensões limites máximas.
As informações sobre um voo do construtor russo Igor Sikorsky produziram efeito de uma bomba. 
O Ilia Muromets foi quatro vezes mais pesado do que os maiores modelos ocidentais. Mais do que isso, o inventor russo conseguiu pôr em funcionamento um sistema de quatro propulsores. Tal evento veio abrir uma nova página na história de aviação mundial.
A envergadura de asas superiores tinha 30 metros, o peso do aparelho voador era de 5 toneladas. O aeroplano pesado, dotado de sete metralhadoras de várias modificações, podia levar a bordo 4-7 tripulantes. 
Para lançar bombas com um peso total de 0,5 toneladas foi inventado um dispositivo especial eletrônico. 
Nos anos da Primeira Guerra Mundial, a empresa aeronáutica de São Petersburgo produziu 60 aparelhos desse gênero que vieram constituir a primeira no mundo esquadra de bombardeiros pesados.
Importa acrescentar que o Ilia Muromets estabeleceu muitos recordes quanto ao alcance e à duração de voos. Hoje em dia, esta tradição está sendo prosseguida pela aviação militar russa de longo alcance. 
O 37º Exército da Força Aérea integra cerca de 200 aviões portadores de foguetes e bombardeiros estratégicos. Cumprindo missões de patrulhamento sem pouso na zona de oceanos Atlântico, Glacial Ártico e Pacífico, tais aviões pesados podem manter autonomia de voo até 40 horas, contando com os sistemas modernos de reabastecimento aéreo. 
Em etapas diversas de patrulhamento, os bombardeiros russos fazem acompanhamento de aviões da OTAN, Canadá, Noruega e Japão. Segundo pilotos, a distância entre eles e seus colegas estrangeiros é, por vezes, tão curta que se pode acenar com a mão e até se entrever, trocando olhares. 
A aviação russa de longo percurso ocupa uma das posições cimeiras no mundo. O governo tem planos de acabar a modernização do seu parque até 2015.

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