✈ SANGUE NÃO É ÁGUA

Nota da coluna que o jornalista Carlos Brickmann publica hoje, domingo, em vários jornais
 SANGUE NÃO É ÁGUA  
Carlos Brickmann
1 – Paulo Roberto Costa, que era diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, um dos autores do contrato de compra da refinaria de Pasadena, preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, despertou suspeitas ao ganhar de presente de um conhecido doleiro uma Range Rover Evoque, no valor de 200 mil reais.

Range Rover – lembra do Mensalão, que também tinha o caso que ficou famoso de uma Land Rover dada de presente a um figurão da turma do poder?
2 – Paulo Roberto Costa era o homem forte do antigo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que em sua gestão comprou a Refinaria de Pasadena. Costa e Gabrielli sempre foram muito ligados. Talvez hoje, quem sabe, Gabrielli, lá na Bahia, se sinta mais distante do velho companheiro caído em desgraça.
3 – Estão jogando a culpa do “resumo mal feito” do contrato de compra de Pasadena em Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras. Cerveró tem pura linhagem governista: foi indicado por Renan Calheiros.
Cerveró, por coincidência, saiu de férias para lugar incerto e não sabido, talvez na Europa, na véspera da ação da Polícia Federal.
Lembra de Henrique Pizzolatto, do Mensalão? Também viajou para a Europa. Pizzolatto tem dupla nacionalidade.
De Nestor Cuñat Cerveró, até agora, não se sabe se tem uma nacionalidade ou mais.
4 – Ah, a família! Letícia Mello, a jovem e brilhante filha do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, foi nomeada desembargadora do Tribunal Regional Federal-2 por Dilma.
Como diz o provérbio, quem agrada a meus filhos adoça meus lábios.
[Comentário do blog:
Como observei em julho do ano passado, a doutora Letícia Mello, 37 anos, formou-se em Direito no Centro Universitário de Brasília (CEUB), uma universidade privada da capital, não tem qualquer curso de pós-graduação e, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, havia atuado em apenas cinco processos até então.]
Diga-me com quem andas…
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, criação do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, começou seu trabalho tentando fazer esquecer os feitos do antecessor, Alexandre Padilha. Sua primeira missão foi umvasto tour no Carnaval, em companhia da esposa, a bordo de jatinho da FAB.
A explicação é que foi ao Rio, Salvador, Recife e Olinda para distribuir camisinhas (algo que os postos de saúde fariam com mais eficiência, a custo mais baixo, sem sobrecarregar a já insuficiente frota da FAB).
Mas não ficou nisso: deixou seu carro oficial por seis horas na vaga reservada a deficientes físicos, no Congresso. Chioro seguiu o exemplo de seus orientadores políticos: disse que não sabia de nada. E pôs a culpa no chofer. Esse ainda vai pegar uma bela multa e perder muitos pontos na carteira.
…e te direi quem és
Seu antigo colega de Secretariado de Marinho, Benedito Mariano, foi flagrado em alta velocidade no acostamento da Via Anchieta [rodovia que liga São Paulo a Santos], rodando em faixas privativas de ônibus e usando equipamento proibido, o Giroflex (aquelas luzes de teto privativas de viaturas policiais).
Ele também, claro, diz que não sabia de nada.

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