Com informações da Sociedade Brasileira de Cefaleia
Estão em testes alguns aparelhos para tratar a enxaqueca.[Imagem: Hexus] |
A enxaqueca é uma doença neurológica de múltiplas causações, cuja principal característica é a dor de cabeça latejante, em um ou nos dois lados da cabeça.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a enxaqueca pode vir acompanhada de sensibilidade à luz, a cheiros, ao barulho e chegar até a causar náuseas e vômitos.
Também é comum haver sintomas visuais - como pontos luminosos ou escuros e linhas em zigue-zague - e sintomas motores - como formigamento e dormências no corpo (as auras da enxaqueca), tonturas, sensibilidade a movimentos ou passar mal em viagens de carro, ônibus ou barco.
Atualmente já se sabe que a enxaqueca é uma doença de todo o cérebro, ondefatores genéticos se mesclam a fatores ambientais.
Assim, o mais importante para os pacientes é identificar fatores que servem como "gatilhos", iniciando as crises.
Entre os fatores mais citados por pacientes e na literatura médica, estão as preocupações excessivas, ansiedade, tensão e estresse. Mas há muitos outros.
Evitando disparar esses gatilhos, o paciente pode reduzir ou minimizar a incidência das crises.
- Ficar sem comer - O jejum é o aspecto alimentar mais importante para desencadear dores de cabeça. Longo tempo sem comer pode gerar uma queda na taxa de açúcar do sangue e provocar a produção de substâncias que causam dor. O ideal é comer algo a cada 3 ou 4 horas, e também não exagerar na comida quando passar muito tempo em jejum.
- Dormir mal - Bom sono é uma condição fundamental para o bem estar de uma maneira geral, e também para o equilíbrio das enxaquecas e outras dores de cabeça. Dormir pouco, dormir muito, demorar para pegar no sono, acordar no meio da noite, roncar e ter sonolência de dia, ir dormir e acordar muito tarde são todos possíveis desencadeantes de dor de cabeça.
- Ciclo hormonal - A temida TPM (tensão pré-menstrual) carrega consigo crises de cefaleia. As enxaquecas na mulher tendem a ser mais concentradas no período menstrual ou pré-menstrual. Irregularidades menstruais, endometriose, ovários policísticos e reposição hormonal, podem ser fatores que agravam as enxaquecas
- Irritação e alterações do humor - A irritabilidade aparece normalmente junto com uma crise de enxaqueca, mas também pode ser um motivo gerador de novas dores. Altos e baixos no humor, pavio curto, passar muita raiva (guardando ou explodindo, tanto faz), impaciência, são combinações para desencadear uma enxaqueca. Tudo o que for feito no sentido de relaxar, acalmar e treinar a paciência é útil
- Excesso de cafeína - Tomar muito café, bebidas cafeinadas, chocolates e até mesmo analgésicos que contenham cafeína são provocadores de enxaqueca
- Falta de exercícios físicos - Realizar exercícios faz com que o organismo produza endorfinas, regulariza a produção de neurotransmissores como a serotonina, melatonina, tornando o organismo mais saudável e mais resistente à dor
- Uso excessivo de analgésicos - Analgésicos não tratam a enxaqueca, só aliviam a intensidade e a duração das crises. O uso de analgésicos pode vir a tornar crônica, piorar a enxaqueca, tornando-a mais resistente e mais frequente
- Alimentos como chocolate, frutas cítricas, alimentos muito gelados (sorvetes), nozes, alimentos gordurosos, condimentados, ricos em glutamato monossódico (presente em salgadinhos, molhos, adoçantes), podem agravar as enxaquecas
- Causas genéticas - Deve-se reconhecer rapidamente a enxaqueca na infância, adolescência, início da vida adulta em filhos de pessoas que sofrem com a enxaqueca, para que ela possa ser tratada adequadamente, preventivamente, evitando que as crises apareçam e que a enxaqueca se desenvolva até um estágio crônico.
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