sexta-feira, 13 de novembro de 2015
A extrema esquerda começa a enfrentar o Conselho de Ética
Chico Alencar e Jean Wyllis passam a enfrentar processos no Conselho de Ética, com provas robustas, que podem cassar os seus mandatos. Se caírem no plenário, com certeza dançam.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD-BA), anunciou nesta quinta-feira o deputado Sandro Alex (PPS-PR) como relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).
Araújo também confirmou o recebimento da representação do PSD contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).
O Solidariedade protocolou a representação alegando que Chico Alencar usou recursos da Casa para fins eleitorais porque parte de sua campanha à reeleição teria sido financiada por um funcionário de seu gabinete.
O partido também alega que Chico Alencar, um dos principais adversários do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria apresentado notas frias de empresa fantasma para ressarcimento com a cota parlamentar.
Alex terá dez dias para apresentar um parecer prévio sobre o caso. Ontem o PSD encaminhou o pedido de abertura de processo disciplinar contra Jean Wyllys.
Na sessão plenária do dia 28 de outubro, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) alega que o colega do PSOL o teria ofendido, acusando-o de roubar dinheiro público. "Os deputados carregam, pelo próprio cargo, uma responsabilidade institucional que não pode ser pormenorizada e denegrida de forma generalizada.
É preciso agora provar quem são os ladrões apontados pelo deputado", diz Guilherme Campos, presidente do PSD, a representação. Rodrigues e Wyllys trocaram acusações no plenário após o deputado do PSD subir na tribuna para defender o projeto que muda o Estatuto do Desarmamento.
"A sua vida pregressa eu não conheço.
A sua experiência política eu sei. Tenho sete mandatos, fui três vezes prefeito.
E tive a honra de ser o segundo deputado mais votado na história de Santa Catarina. Posso até ser criticado, mas vindo do senhor é elogio.
Um parlamentar que defende perdão para drogas, que defende que adolescente pode trocar de sexo, mesmo sem autorização dos pais.
Isso não é deputado, é a escória deste País, mas ocupa lugar como deputado", disse Rodrigues, que hoje alegou ter se retratado em plenário e retirado suas palavras por achar o tom ofensivo. Na sequência da discussão, Wyllys lembrou que o parlamentar do PSD foi flagrado assistindo a um filme pornográfico no plenário.
"Homens decentes não assistem a vídeo pornô em plena sessão plenária. Homens decentes não são condenados por improbidade administrativa por roubar dinheiro público, como o deputado foi. Portanto, quem não tem moral para representar o povo brasileiro é ladrão.
Eu vou dizer uma coisa: qualquer programa de televisão é mais decente do quem rouba dinheiro do povo na sua administração pública. Qualquer programa de televisão é mais decente que deputado que, em vez de honrar o voto e o dinheiro público, fica usando a sessão plenária para assistir filme pornô", disse Wyllys, para emendar:
"Resta saber se seu vídeo pornô era hétero ou homossexual". Hoje, Rodrigues afirmou que Wyllys precisa provar o que disse. "Nós temos de limpar esse Congresso. As pessoas que não têm comportamento adequado não podem representar o povo brasileiro", declarou.
Questionado sobre a possibilidade de vir a ser representado por assistir conteúdo impróprio para menores dentro da Câmara, Rodrigues alegou que não assistiu a filme pornográfico no plenário, apenas abriu uma mensagem que recebeu de colegas por celular, e que isso não pode ser considerado quebra de decoro.
"Se isso fosse o maior crime, a metade dos senhores que estão aqui não estaria hoje aqui", respondeu.
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