Federação Única dos
Petroleiros avalia que a produção foi reduzida em 400 mil barris de petróleo
por dia somente na Bacia de Campos 09/11/2015
Plataforma da Petrobras na Bacia de
Campos, Rio de Janeiro(Marcelo Sayão/EFE/VEJA)
A greve dos petroleiros já afeta 11
refinarias e 58 plataformas, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira, 9,
pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A entidade, que coordena 13
sindicatos no país, avalia que a produção foi reduzida em 400 mil barris de
petróleo por dia somente na Bacia de Campos (a produção média é de 1,49 milhão
de barris por dia), mas estima impactos também nos campos terrestres na Bahia,
onde a metade da produção estaria comprometida.
Representantes da federação se
reuniram na manhã desta segunda com a Petrobras, mas decidiram continuar o
movimento.
Segundo a FUP, a mobilização afeta a
produção em 49 unidades marítimas da Bacia de Campos, seis plataformas no
Ceará, três unidades no Espírito Santo, além dos campos terrestres da Bahia,
Rio Grande do Norte e Espírito Santo.
Entre as refinarias, estão sem troca de
turno desde o início do movimento 11 unidades, entre elas a Reduc (Duque de
Caxias, RJ) e a Replan (Paulínia, SP), as principais.
Segundo o Sindicato dos Petroleiros
de Caxias (Sindpetro), somente na Reduc houve uma queda de 30 mil barris de
petróleo refinado por dia.
Também foram afetadas as unidades Reman (AM), Clara
Camarão (RN), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Regap (MG), Recap
(SP), Repar (PR) e Refap (RS).
Os sindicalistas têm promovido
bloqueios no acesso às unidades, o que dificulta o fornecimento de matéria
prima, principalmente o coque, subproduto utilizado no ciclo de produção de
derivados de petróleo.
A estratégia visa a reduzir a produção de combustíveis,
como gasolina e diesel. Até o momento, a Petrobras descarta risco de desabastecimento.
A estatal teria estoque de combustíveis entre 15 e 30 dias, segundo fontes
internas.
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Caminhoneiros - A preocupação da companhia quanto a este ponto é com outra
paralisação, a dos caminhoneiros, que pode dificultar a distribuição dos produtos.
A manifestação dos
caminhoneiros já atinge nove Estados, segundo o Comando Nacional do Transporte.
No Rio, chegou ao município de Barra Mansa, região sul fluminense.
No km 273 da
Rodovia Presidente Dutra, os motoristas interditaram uma faixa da pista sentido
Rio e o acostamento, informou a Polícia Rodoviária Federal.
O protesto é contra
a alta de impostos e a elevação nos preços de combustíveis.
(Com Estadão Conteúdo)
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