Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula.

CARTÃO DE VISITA DE CELSO MARCONDES FORA ENCONTRADO NOS PERTENCES DE CRISTINA. 

SUA DEFESA PEDE QUE ELA SEJA LIBERADA DEVIDO À SAÚDE DEBILITADA.





A força-tarefa da Operação Zelotes, da Polícia Federal, responsável por apurar crimes cometidos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), além de investigar a compra de medidas provisórias, com pagamento de propina a agentes públicos, durante os governos Lula e Dilma Rousseff, que possivelmente tenham beneficiado setores da indústria automobilística, se depara com mais uma descoberta que vem a público, e que dessa vez envolve o diretor do Instituto Lula, Celso Marcondes.
Tudo começou com a expedição de um mandado de busca e apreensão contra Cristina Mautoni, esposa do lobista Mauro Marcondes. 
Durante revista aos pertences de Cristina, um cartão de visita fora encontrado em sua bolsa. 
Trata-se de cartão de Celso Marcondes, diretor do Instituto do ex-presidente Lula
A grande suspeita decorre de que o casal de lobistas, Mauro e Cristina, teriam atuado com influência, em torno dos governos petistas na edição de medidas provisórias, cuja compra se daria em prol de terceiros. 
Além disso, Cristina também é suspeita de atuar em outro lobby: a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), pois ela aparece em mensagens relativas ao caso. 
O casal Mauro Marcondes e Cristina, já denunciados, encontram-se presos em regime fechado e aguardam julgamento em Brasília.
Contratos suspeitos investigados pela Operação Zelotes, dão conta de que a consultoria "Marcondes & Mautoni", do casal de lobistas presos, foi contratada por empresários do setor automotivo, interessados na edição das medidas provisórias, pelas quais consta ainda uma operação altamente suspeita: o pagamento via consultoria à empresa LFT Marketing Esportivo, do filho do ex-presidente Lula, Luís Cláudio, cujas cifras ultrapassam os R$ 2,5 milhões de reais.

Defesa dos envolvidos

Atualmente, Cristina Mautoni acompanha as audiências referentes ao seu processo, utilizando-se de cadeira de rodas, já que seu advogado de defesa, Roberto Podval, afirmou que ela está  enfrentando muitas dificuldades para caminhar, devido à sua saúde debilitada. 
A pedido de sua defesa, pretende-se que seu depoimento seja dado nesta quarta-feira (27), com a expectativa de que ela seja liberada após a audiência. 
Porém, a decisão dos médicos da polícia, designados para verificar o estado de saúde de Cristina, conclui que Cristina pode ser tratada como presa comum, devido à avaliação médica em residência custodiada e que de acordo com os médicos: "não há razões de ordem médica  para manter a prisão no regime domiciliar".
Em relação ao envolvimento do diretor do Instituto Lula, Celso Marcondes, cujo cartão de visita fora encontrado na bolsa da lobista Cristina, declara-se em defesa, através do Instituto que dirige, ao informar que muitas pessoas recebem seus cartões de visita em evento público e que não se reuniu com Cristina Mautoni. 
Já o ex-presidente Lula, durante seu depoimento à Polícia Federal, referente à compra de MPs, no último dia 6, afirmou que Celso Marcondes, diretor de seu Instituto "nunca comentou qualquer encontro ou assunto tratado com Cristina Mautoni. 
Apresenta-se nessa investigação toda uma série de atos que se comprovam através de documentos e contratos, principalmente em face de todo o trabalho desenvolvido pela Polícia Federal, cuja investigação prossegue, anseio da sociedade,  para que os culpados sejam levados à Justiça e o bem público seja plenamente reparado.