Miriam Belchior (presidente da Caixa) após reunião com ministro da Fazenda, Nelson Barbosa
Prestações do Minha Casa Minha Vida vão subir, confirma presidente da Caixa
Miriam Belchior disse ainda que a abertura do capital da Caixa Seguridade, suspensa no ano passado, deve ocorrer no segundo semestre deste ano
A presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, confirmou na manhã desta quarta-feira (13) que haverá aumento nas prestações do programa Minha Casa Minha Vida.
A primeira faixa do programa, que atinge mutuários que ganhem até R$ 1.600 mensais, deve ser a primeira atingida.
Atualmente, quem está nessa faixa faz pagamento mínimo de R$ 25, valor que deve ser aumentado.
“No que se refere à prestação, ela não tem reajuste desde 2009, quando o programa foi lançado.
O salário mínimo subiu, ou seja, a renda das pessoas subiu.
O valor dos imóveis também”, disse a executiva, ao sair de reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
“Esse aumento da prestação está em linha com o crescimento da renda das pessoas e também com o crescimento do imóvel”, prosseguiu Miriam.
Atualmente, quem se enquadra na primeira faixa paga, no máximo, 5% da renda familiar pelo imóvel.
Esse percentual é elevado na medida que a renda familiar aumenta.
A segunda faixa, por exemplo, que engloba famílias com renda até R$ 5.000, já passa a ter taxas de juros no financiamento da casa entre 5% a 7,16% a.a., definida pela renda familiar bruta.
Nesse caso, a prestação pode chegar a até 30% da renda.
Os novos valores, no entanto, ainda não foram definidos pelo governo, conforme informou Miriam. Essa nova etapa será definida em breve. “Isso estamos discutindo e ainda vai ser anunciado”.
No último dia 10 de setembro, no entanto, a presidente Dilma Rousseff anunciou para sindicalistas que haveriam mudanças no programa e chegou a citar que a nova prestação mínima para essa fase seria de R$ 80 e que haveria alterações nas regras, como quem ganha ao menos R$ 800 poderia comprometer até 10% da renda familiar com a despesa.
Abertura de Capital
A presidente da Caixa disse ainda que a abertura de capital da Caixa Seguridade, braço de seguros do Banco, deve ser realizada no segundo semestre do ano, a depender das condições do mercado.
O IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) foi adiado no ano passado devido à crise econômica que o país enfrenta.
“Assim que desanuviarem as possibilidades, vai ser colocado para a gente fazer o IPO. Vai depender das condições do mercado”, disse.
“A primeira janela possível, mas não provável, é abril.
Acho que está mais para o meio do ano, no segundo semestre”, concluiu.
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