12/01/2016
Pecuarista José Carlos Bumlai em depoimento em CPI do Congresso Nacional (Ueslei Marcelino/Reuters)
Preso desde novembro por ordem do juiz federal Sergio Moro, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo íntimo do ex-presidente Lula, confidenciou a presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba que dois desdobramentos das operações Lava Jato e Zelotes têm potencial para implodir o governo Dilma Rousseff e sepultar de vez a carreira política de Lula: a bombástica delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez, que detalharam a investigadores da Lava Jato como a campanha de Dilma recebeu recursos que teriam sido desviados da Petrobras, e os pagamentos recebidos por Luís Cláudio Lula da Silva, o filho do ex-presidente que embolsou 2,5 milhões de reais da empresa Marcondes e Mautoni por uma consultoria fictícia. A gigante AG já admitiu aos investigadores da Lava Jato que pagou propina até mesmo nas obras de estádios para a Copa do Mundo de 2014 e se comprometeu a pagar uma multa bilionária no acordo de leniência negociado com o Ministério Público. Mas o que tira mesmo o sono do Palácio do Planalto são as eventuais confissões de que a empresa tenha repassado dinheiro sujo para a campanha de Dilma. Esse ponto, aposta Bumlai, será mortal para a ação que tramita contra Dilma e o peemedebista Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pode levar à cassação dos dois.(Laryssa Borges, de Brasília)
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