No dia 23 de março deste ano o senador Ronaldo Caiado, do
Democratas de Goiás, vinha a público com uma notícia bombástica.
Dilma estaria
pensando em decretar Estado de Defesa.
A notícia foi recebida basicamente de
duas maneiras nas redes sociais.
De um lado, alguns acusavam o senador de estar
criando alarmismo de maneira desnecessária.
Já outros, especialmente
extremistas de direita e defensores da intervenção militar, chamavam o
Comandante do Exército, General Villas Bôas de covarde, traidor, carreirista e
mais um monte de outros xingamentos.
Ato contínuo, o senador Aécio Neves, do
PSDB, tratou de deixar claro que Caiado não estava blefando.
O petismo
realmente tinha planos golpistas.
Tanto Caiado quanto Aécio foram
informados pelo próprio Comando do Exército da manobra que se preparava
intra-muros no Palácio do Planalto. Foram informados justamente para que colocassem
a boca no trombone e esvaziassem politicamente qualquer tentativa neste
sentido.
Ato contínuo, Villas Bôas chamou à Brasília
os comandantes das quatro regiões militares e realizou uma reunião de
emergência do Alto Comando.
Ele explicou o que se passava e pediu apoio aos
seus comandados para ir até o governo e informar que as Forças Armadas
brasileiras não aceitariam qualquer ordem que considerassem absurda.
Villas Bôas teve o apoio de seus comandados, e juntos, fardados,
foram todos falar com o Ministro da Defesa, o comunista Aldo Rebelo.
Aldo foi
informado de que o Regimento Militar era muito claro.
– Ordem absurda não se cumpre, e mais.
– É dever de todo militar dar voz de prisão a quem ousa expedir qualquer tipo de ordem absurda.
Após abortarem os planos de Dilma, os militares ainda promoveram
dois almoços no Comando do Exército em Brasília, tendo Villas Bôas como
anfitrião.
Um com o senador Ronaldo Caiado.
E outro com o senador Aécio Neves.
Ambos foram orientados a entrarem pela porta da frente do Comando, sem qualquer
medida para ocultar a reunião.
O recado foi claro: ninguém estava conspirando e
nem fazendo nada de ilegal.
Não havia motivo para se
esconder.
Igualmente claro foi o recado compreendido pelo governo: as Forças
Armadas brasileiras não adeririam a qualquer tipo de golpismo.
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