Para
comprar a nova cobertura, a 121, Lula usou dinheiro do “departamento de
propina” da Odebrecht, caixa formado com recursos desviados de obras da
Petrobras, segundo revela o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR).
Na
última quinta-feira 15, à luz das novas descobertas, o MPF denunciou o
ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Se o juiz Sergio
Moro aceitar a denúncia, Lula será tetra réu na Justiça.
Nunca antes na
história um ex-presidente da República foi tantas vezes chamado em juízo para
responder por ação penal.
No meio jurídico, já estima-se que o petista possa
ser condenado no primeiro trimestre do ano que vem.
Além de Lula, sua mulher
Marisa Letícia e de seu advogado Roberto Teixeira, foram denunciados também o
empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-ministro Antonio Palocci e outras quatro
pessoas.
Tanto o pedido de indiciamento da PF quanto
a denúncia do MPF são robustas.
O MPF acusa Lula de ter liderado um esquema de
corrupção na Petrobras no qual a Odebrecht pagou R$ 75,4 milhões em propinas
para o PT e para o enriquecimento do ex-presidente, com intermediação do
ex-ministro Antonio Palocci.
“Após assumir o cargo de presidente da República, Lula comandou
a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a
enriquecer ilicitamente, bem como, visando a perpetuação criminosa no poder,
comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais”, disseram os
procuradores. Desse total, a Odebrecht destinou R$ 12,4 milhões para a compra
de um terreno onde Lula desejava construir uma unidade do Instituto Lula e
outros R$ 504 mil para a compra da nova cobertura, contígua à que já reside
oficialmente, a de número 122. Segundo a PF e o MPF, o esquema foi arquitetado
pelo advogado Roberto Teixeira, com a participação de Lula.
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