Jihadistas treinam filhas de 7 e 9 anos para serem crianças-bomba
Na última
sexta-feira (16), uma menina de 7 anos entrou na delegacia de polícia do bairro
de Midane em Damasco, capital da Síria.
Pedindo para usar o banheiro, ela foi
acompanhada por um policial.
Minutos depois, o cinto de explosivos que ela tinha preso ao corpo foi
acionado à distância. Além da menina, morreram 3 policiais. A imprensa não
divulgou o nome dela, nem detalhes do atentado.
Nesta terça (21) um vídeo foi publicado pelos pais da menina, mostrando
que ela fora treinada e sabia que morreria para “satisfazer Alá”. Essa foi a
primeira vez que uma criança foi utilizada para um atentado com cinto de
explosivos em Damasco.
O vídeo, divulgado pela imprensa europeia, mostra como foram os
próprios pais da pequena Islam que treinaram ela e a irmã Fatima (9 anos) para
serem crianças-bomba. O nome do casal jihadista não foi divulgado.
A mãe, que veste uma burca preta, abraça as crianças várias vezes,
enquanto se despede das meninas, que vestem casacos e tocas de lã. O pai, que
filma tudo, faz um discurso sobre a necessidade dos sírios se livrarem do
presidente Assad. Ao fundo, uma bandeira preta, com dizeres em árabe, símbolo
do califado.
Ele pergunta a elas se somente homens adultos deveriam tomar parte na
jihad. As meninas dizem que ninguém é jovem demais para a guerra santa e clamam
‘Allahu Akbar’ antes de saírem da sala. Na sequência, o homem aparece frente a
câmera. Diz então o nome das crianças: Islam e Fatima. Pergunta à mais nova o
que ela “vai fazer hoje”, a resposta surpreendente é que ela iria realizar um
atentado suicida.
Segundo a imprensa síria, o homem é membro do grupo terrorista Jabhat
Fateh al-Sham, anteriormente conhecido como Al-Nahsa.
Ainda no vídeo, ele questiona: “Você não vai ter medo porque está indo
para o paraíso, certo?”. A menina da esquerda responde simplesmente: “Sim”.
Então o pai ora para que Alá aceite o sacrifício que elas estão fazendo.
Não há informações se a mais velha cometeu outro ataque.
Especialistas acreditam que o vídeo foi divulgado agora como uma maneira
de estimular grupos rebeldes a retomarem a luta armada após a grande derrota
para o exército sírio em Aleppo.
Para o resto do mundo é mais um
testemunho do fanatismo islâmico que parece se multiplicar a cada dia no mudo
todo.
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