Com os vencimentos de novembro parcelados, e nenhuma previsão de receber ao menos parte do 13º salário, os servidores públicos do Estado do Rio se preparam para um Natal sem comemorações.
Entre as categorias, o clima é de companheirismo diante dos problemas financeiros que muitos estão enfrentando.
Aos 66 anos, Mariá Casanova, a Dona Mariá, como é conhecida entre os servidores, chora ao falar das dificuldades que passa.
O que vamos ter este ano é a ceia da miséria, a miséria em que este governo nos deixou. Pagar os salários em dia é obrigação de qualquer governo. E não estão cumprindo essa obrigação básica — disse a funcionária da Secretaria de Saúde.
Emocionada, Mariá mostrou a rifa com a qual pretende sortear um conjunto de cama, com lençol e fronhas.
Ela cobra R$ 10 de quem se interessa pela oferta.
O dinheiro arrecadado, segundo ela, servirá para alimentação e para quitar contas de luz atrasadas em mais de dois meses:
Já estou sofrendo com uma ação de despejo por parte da proprietária do meu apartamento. Não pago aluguel há dois meses. Vou ficar sem ter onde morar, e ainda devendo contas de luz, água e telefone.
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